Associar as culturas agrícolas como soja, algodão, milho entre outras com a produção de mel é o objetivo da parceria entre a Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) e a Fundação Bunge, em Canarana (a 823 km de Cuiabá). Denominada de Projeto Semêa busca fomentar a atividade de polinização agrícola com a participação de 30 produtores organizados em apiários coletivos localizados nas proximidades das lavouras.
Na prática, a iniciativa que é pioneira no Estado, terá o trabalho de definir protocolos para favorecer a convivência entre abelhas e a soja, por exemplo. Prevê também a capacitação de sojicultores e apicultores em técnicas sustentáveis. O manejo dos apiários e as boas práticas na produção agrícola com a polinização de abelhas.
Na primeira atividade realizada na semana passada, o curso dividido entre teoria e prática - contou com a participação de 16 famílias de moradores dos projetos de assentamentos Guatapara e Suya. Eles foram contemplados com caixas de abelhas com duas melgueiras, macacões e fumegadores.
Realizado na Estância Monte Moriá, do agricultor Aparecido dos Santos Pereira, 62 anos, disse ter ficado feliz e com muitas expectativa. Cidão como prefere ser chamado, diz estar confiante na futura fonte de renda e conta que as colmeias usadas nas orientações foram encontradas na propriedade do seu sobrinho e que ajudou muito a entender como é o ciclo de vida e de produção das abelhas. “Sempre tive vontade de produzir mel, mas faltava oportunidade e conhecimento. A Empaer mais uma vez fazendo a diferença caminhando junto nessa brilhante iniciativa com a fundação Bunge”.
Os extensionistas da Empaer, Ataide Garcia Carvalho Junior e Gildomar Avrela junto com a agente administrativa Marina Bier trabalham em conjunto e explicam aos apicultores que precisam adquirir visão empresarial do negócio. Que tenham consciência da importância de mudar o perfil de coletor para empreendedor rural e ampliar a produção com o desenvolvimento investindo na aplicação de novas tecnologias de produção, extração e beneficiamento do mel.
“Para o empreendedor apícola, além do conhecimento técnico de manejo das colmeias, é importante o cálculo do custo de produção e da produtividade da atividade e que a extração e o beneficiamento do mel sejam realizados em instalações adequadas, com maquinário específico, garantindo a qualidade do produto final e a comercialização dos mesmos”, explica Gildomar.
Segundo o técnico, nesse contexto a apicultura coletiva servirá como referência de produção de abelhas no Estado e irá demonstrar na prática, as tecnologias adaptáveis aos mais diferentes sistemas de produção e permitir a troca de saberes entre a extensão rural e a comunidade local.
“A atividade de apicultura tem grande importância social e econômica frente a agricultura familiar, podendo agir como fator de integração entre o pequeno produtor e a agroindústria. Pode ainda agregar o uso de consórcios de culturas para aumentar assim a diversificação de produção e a sua rentabilidade”.
O destaque do projeto é a viabilização 160 caixas de abelha com duas melgueiras, macacões e fumegadores para as famílias beneficiadas. Nesta semana o curso será com técnicos da Agrícola Alvorada também parceiros da Fundação Bunge.
Empaer e Fundação Bunge
Com objetivo de ampliar a produção oriunda da agricultura familiar no município de Canarana, a Fundação Bunge instituiu com aprovação o Projeto de Incentivo a Apicultura – Polinização Agrícola.
Dentre os objetivos da iniciativa, fortalecer e diversificar a atividade, assim como promover a implantação de locais de beneficiamento de mel e derivados.
Na gestão do projeto está inserida a formação de uma equipe multidisciplinar, composta por membros de instituições públicas e privadas, da qual a participação da Empaer por meio da equipe do Escritório Local e nos incentivos no desenvolvimento da atividade, assistência técnica agronômica.
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