O ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro (PSD) afirmou em entrevista, que não vai admitir a venda de marcas de café consideradas impróprias para consumo, seja para o mercado brasileiro como para o mercado internacional.
Segundo o ministro, o Brasil vai banir as empresas que vendem resíduos torrados, milho ou cevada como se fosse café.
“Não podemos fazer nenhum consumidor, nem brasileiro, nem o Chinês, nenhum lugar comprar gato por lebre. Se tem alguém que acha que vai torrar resíduos, milho, cevada e vender como café, vai perder tempo e vamos atuar muito forte. Vamos banir independente de quem seja a marca, fornecedor ou industrial”, declarou Fávaro, em entrevista nesse sábado (4).
Conforme o ministro, o Brasil pode vender em 2024 até US$ 800 milhões de dólares de café brasileiro para a China. Segundo Fávaro, em 2022 o Brasil vendeu US$ 80 milhões de dólares de café e em um ano elevou para US$ 280 milhões para uma comunidade asiática, que não tem tradição histórica de consumir café.
“Entramos em nosso Governo e começamos a fazer a promoção do café para China, um ano depois, vendemos R$ 280 milhões de dólares em café para a China. E neste ano, um único contrato, em uma rede de cafeteria [Luckin Coffe], comprou R$ 500 milhões de dólares. Se somar e repetir os R$ 280 milhões do ano passado e os outros comparem os mesmos 280, chegaremos a US$800 milhões de dólares de café brasileiro para China. 10 vezes a mais que 2022”, calculou o ministro.
Marcas impróprias para consumo
O Ministério da Agricultura divulgou lotes de marcas de café impróprios para consumo, entre elas, uma empresa de Mato Grosso, a "Café Oba Oba Sorriso", no lote 0046. Ao todo, 16 novos lotes de marcas de café foram desclassificados por presença de matérias estranhas e impurezas acima do limite legal.
Consta da lista, que tiveram lotes desclassificados, as marcas “Café Exemplar” e “Café Matão”, “Café Terra da Saudade”, “Café Góes Tradicional a Vácuo”e “Café Terra da Gente”, sendo todas do Estado de São Paulo.
Consta ainda, as marcas “Café Belo", “Café Moreno”, “Café Pureza” do Estado da Bahia. As marcas “Café Serra do Brasil” e “Café Dona Filinha”, ambas do Estado de Goiás, “Café Dourados” de Mato Grosso do Sul, “Café do Norte” do Estado do Amazonas e “Café Salute” de Minas Gerais, “Café Ivaiporã” e “Café Cambeense” do Paraná.
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