O requerimento para instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio, de autoria da deputada estadual Edna Sampaio (PT), não avançou na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A proposta, que buscava investigar as ações de combate à violência contra a mulher no estado e apresentar medidas para coibir o feminicídio, foi rejeitada pela Mesa Diretora por não atingir o número mínimo de assinaturas necessárias.
Até a última terça-feira (26), o requerimento contava com 11 assinaturas e chegou a 13 apoios. No entanto, na manhã desta quarta-feira (27), quando seria definida sua instauração, seis deputados retiraram suas assinaturas, inviabilizando a abertura da comissão que seria composta pelas deputadas Edna Sampaio, Janaina Riva (MDB) e Sheila Klener (PSDB).
Nos bastidores, a derrota é atribuída a uma articulação do governo do Estado. Na terça-feira, Edna se reuniu com o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB), ocasião em que o Executivo propôs, em substituição à CPI, a criação de uma Mesa Técnica para debater o feminicídio em Mato Grosso. A deputada petista rejeitou a proposta. Apesar disso, Garcia afirmou nesta quarta-feira que houve acordo para o encaminhamento da discussão por meio da mesa.
A decisão gerou reações. O deputado Júlio Campos (União Brasil) classificou como “erro” a reunião entre o governo e parlamentares e defendeu maior independência da Assembleia em relação ao Executivo.
*Com informação da Gazeta Digital
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