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SUSPENSE, MEMÓRIA E ARTE

Minissérie mato-grossense ‘O Portão do Inferno – Casos Arquivados’ já está em filmagens entre Cuiabá e Chapada

Da assessoria

As filmagens da minissérie O Portão do Inferno – Casos Arquivados estão a todo vapor, mobilizando artistas e técnicos em uma produção que promete marcar o audiovisual mato-grossense. Realizado pela produtora mato-grossense Centro Audiovisual Luiz Marchetti (CALM) e contemplado por edital da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), o projeto é uma uma adaptação do livro homônimo do escritor negro cuiabano Jefferson Neves, publicado pela Entrelinhas Editora. Neves também assina o roteiro e a trilha sonora original. A direção é do cineasta mato-grossense Luiz Marchetti.

Alô Chapada

 

"Estamos com uma equipe incrível, com elenco maravilhoso com Vera Capilé, Maria Zilda e diversos nomes da cultura local, trabalhando nessa arquitetura do centro histórico de Cuiabá, contando um pouco da pesquisa que se tornou livro e agora será minissérie", explicou Marchetti.

Inspirada em crimes reais investigados em jornais de Cuiabá da década de 1940, a narrativa se constrói com base no livro que cria um filme thriller de atmosfera noir, ao mesmo tempo poético e perturbador, que flutua entre o real e o fictício:

"Como autor eu estou preservando a essência da historia que foi expandida através dessas mentes do audiovisual, os dois personagens principais, o casal porto são compilados de vários criminosos de Cuiabá que agora podemos contar de forma ficcional", contou Jefferson Neves.

Filmada inteiramente entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, com elenco e equipe majoritariamente locais, a série representa um marco artístico para o audiovisual do Estado: um encontro poderoso entre cinema autoral, literatura, música, artes plásticas e memória social.

Sobre a minissérie

Divulgação

DIVULGAÇÃO

 

Com quatro episódios e estreia prevista para dezembro deste ano, O Portão do Inferno é uma experiência audiovisual sensorial e política. A narrativa se desdobra entre os anos 1940 e tempos mais atuais, a partir de crimes reais investigados em arquivos históricos e transformados em ficção. O roteiro não linear constrói um quebra-cabeça de imagens e silêncios, onde passado e presente se atravessam e assombram mutuamente.

A maior parte das cenas está sendo gravada à noite, com filmagens em casarões históricos de Cuiabá, a exemplo do Museu de Imagem e do Som de Cuiabá e a antiga Casa do Artesão; em ruas do Centro Histórico, como a Sete de Setembro, onde está localizada a Igreja Senhor dos Passos; em trechos da estrada para Chapada dos Guimarães; e em uma chácara às margens do Rio Coxipó.

A atmosfera noir e o uso da estética barroca inspirada em Caravaggio ajudam a moldar o tom sombrio da trama, que investiga os limites da justiça, da memória e da identidade social. Para tanto, a Direção de Fotografia é assinada pelo premiado Luís Abramo, enquanto a Direção de Arte e Cenografia são elaboradas por Douglas Peron e Jefferson Keese.

As gravações seguem até 4 de setembro. A data do lançamento da minissérie ainda será divulgado. O projeto foi contemplado pelo edital nº 03/2023 - Cinemotion e é realizado pelo CALM, pela Secel/MT e pela LPG/Ministério da Cultura/Governo Federal. São apoiadores da obra a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e da Limpurb; a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra/MT), o Comitê de Cultura de Mato Grosso, a Casa das Molduras, a Entrelinhas Editora, o Salão de Beleza Condessa, o Varadero Restô e o Restaurante Talavera.

Toda a cobertura está sendo divuglada no perfil @oportaodoinferno no Instagram.

A obra originária

O livro “O Portão do Inferno – Casos Arquivados” foi lançado em 2021 pela Editora Entrelinhas e escrito pelo músico cuiabano J.N.R. Ferreira, conhecido como Jefferson Neves, e conduz o leitor por uma Cuiabá sombria e enigmática.

Ao longo de 300 páginas, a obra mergulha em crimes pesquisados no Arquivo Público de Mato Grosso, em uma narrativa de terror e suspense arrepiante. A escrita não apenas transporta o leitor para uma atmosfera literária surpreendente, mas também reforça o compromisso da Editora Entrelinhas em dar voz à história regional.

Elenco e equipe

O elenco é formado por artistas reconhecidos da cena cultural mato-grossense, como Vera Capilé, Ilto Silva, Maria Clara Bertulio, Millena Machado, Bia Corrêa e Carolina Argenta, além da participação da atriz nacional Maria Zilda Bethlem, um dos nomes mais marcantes da televisão e do cinema brasileiros.

A atriz Millena Machado, consagrada pelas artes cênicas, especialmente pelo teatro de formas animadas, divide a interpretação da protagonista Amélia com a mestra da Cultura Vera Capilé, reconhecida por sua atuação na música mato-grossense, fortalecendo o universo multiartístico da minissérie.

Do outro lado, a antagonista Lucinda Porto é interpretada pela atriz convidada Maria Zilda, rosto conhecido das telenovelas. A carioca iniciou em novelas em 1975 na telenovela Escalada, de Lauro César Muniz, no papel de Ester. No cinema, por outro lado, a consagração veio logo em seu primeiro trabalho, vivendo Juliana em “A Intrusa”, pelo qual ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Montreal.

Ao todo, mais de 70 pessoas integram diretamente a equipe, entre elenco e técnicos, número muito superior, se consideradas as contratações indiretas em serviços de produção, alimentação, figurino e logística, apresentando a importância da produção para a Indústria Criativa mato-grossense.

A obra surrealista de Gonçalo Arruda

A personagem antagonista Lucinda Porto é, na minissérie, artista plástica e retrata nas telas um tanto da complexidade da sua mente.

As telas originais, no entanto, que seriam pintadas por ela na ficção, são de autoria do consagrado artista plástico Gonçalo Arruda, de Barão de Melgaço

Gonçalo Arruda teve sua iniciação artística em casa aos dezesseis anos, quando nos idos de 1984, em Cuiabá, conhece o então projeto Ateliê Livre. Reconhecido por suas obras de divindades católicas, ainda nessa perspectiva do “céu e do inferno”, expressa em tela facetas obscuras e profundas, a partir da estética surrealista.

Algumas de suas telas compõem a cenografia da minissérie, sendo uma delas, inclusive, a inspiração para o cartaz da produção audiovisual.

Informações técnicas:
Produção: Centro Audiovisual Luiz Marchetti
Direção: Luiz Marchetti
Roteiro e Trilha Sonora: Jefferson Neves
Direção de Fotografia: Luis Abramo
Direção de Arte e Cenografia: Douglas Peron e Jefferson Keese
Direção de Elenco: Caio Ribeiro
Produção Executiva: Daniela Arantes
Técnico de Som: Paulo Monarco
Fotos still e making of: Zadoque Nathan
Maquiagem: Wenni Justo
Figurino: Bruno Custódio

Confira aqui a visita do Alô Chapada no set onde iniciaram as gravações:

 

 

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