A Justiça de Nova York tomou uma decisão histórica nesta quinta-feira (30), ao indiciar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por um crime. Em meio a uma pré-campanha para a eleição presidencial do próximo ano, o republicano pode ser detido para uma sessão de fotos e coleta de impressões digitais, devido a sua suposta participação em um caso que envolve a compra do silêncio de uma atriz pornô, com quem teria tido um caso.
O indiciamento, que ocorreu após dias de especulações, ainda não foi formalmente anunciado, mas deve ser divulgado na próxima semana, quando serão esclarecidos os motivos que levaram à suspeita de crime contra Trump. O próprio ex-presidente chegou a mencionar em uma rede social que seria preso na terça-feira da semana passada (21) e convocou seus apoiadores para protestos em massa, que não aconteceram.
Segundo a promotoria, durante a campanha de 2016, Trump teria pago US$ 130 mil pelo silêncio da atriz pornô, Stormy Daniels, com quem supostamente teve um caso. O advogado Michael Cohen fez o pagamento, que foi posteriormente reembolsado por Trump já na Casa Branca, e registrado como gasto jurídico. A suspeita é de que essa despesa tenha sido, na verdade, uma despesa de campanha não declarada.
Um “grande júri especial”, que é um júri popular sem o poder de condenar ou absolver alguém, mas que analisa as provas apresentadas pelo promotor e determina se há evidência suficiente para seguir com o processo criminal, considerou que as provas apresentadas pelo promotor Alvin L. Bragg são robustas o suficiente para que Trump responda à Justiça. A advogada do ex-presidente confirmou em uma rede social que já foi informada sobre o indiciamento.
O caso em questão despertou a atenção por ser considerado um dos menos significativos em comparação com outras investigações judiciais que podem levar Donald Trump a enfrentar acusações criminais.
Diversas instâncias nos Estados Unidos estão investigando a suposta tentativa de fraude no resultado das eleições de 2020, a responsabilidade do ex-presidente no ataque ao Capitólio em janeiro de 2021 e o fato de ter levado documentos secretos do governo consigo após deixar o cargo.
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