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Opinião Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 14:17 - A | A

Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 14h:17 - A | A

WILSON CARLOS FUÁH

O Poder de decisão

Wilson Carlos Fuáh

Há momentos em que a existência se torna opaca e sem rumo — não por falta de caminhos, mas por delegarmos a outrem o governo de nossas escolhas. Tornamo-nos dependentes de conselheiros que, aos poucos, assumem o trono das nossas vontades, transformando-se em senhores do nosso destino.

Vivemos uma era em que muitos abdicam da autonomia interior, como se escolher por si fosse um fardo. Procuram, incessantemente, orientadores para cada passo, como se a sabedoria estivesse sempre fora, e jamais dentro de si mesmos. Nessa busca por mestres, esquecem que a verdadeira maestria é silenciosa e nasce do exercício constante da própria vontade.

Há ainda os que permanecem inertes, presos à esquina do tempo, desejando que o ontem lhes revele os mapas do porvir. Ignoram que o passado é apenas um arquivo — repleto de páginas de gozo e de dor, de glórias e de derrotas — mas incapaz de reger o compasso do presente. Não se constrói futuro mirando o retrovisor da memória. O que foi, já não será. O que é, ainda pode ser.

Os livros que prometem fórmulas para o sucesso não substituem o profeta mais legítimo da vida: a força de vontade. É nela que reside o espírito de superação, a centelha que transforma sonhos em planos e desejos em realizações. Todas as vitórias futuras já existem, em estado latente, no plano invisível da intenção. É preciso decifrar os ciclos que nos trouxeram até aqui, pois ninguém viverá a travessia por nós.

A vida, em sua sabedoria silenciosa, oferece-nos vagas diárias na escola da existência. A cada amanhecer, algo sutil nos orienta, mas nem sempre temos ouvidos para escutar o que não grita. Muitas vezes, estamos tão enredados nas rotinas sem alma, que esquecemos de preparar o solo interno para as sementes da realização. E assim, colhemos frustrações no lugar de frutos.

Não devemos permitir que as influências externas substituam a nossa bússola interior. Os verdadeiros milagres são íntimos, nascem da coerência entre o querer, o pensar e o agir. Viver é mais simples do que parece, quando se aceita lutar pelo possível com serenidade. Os que se perdem pelo caminho, muitas vezes, foram aqueles que desistiram de si — e agora repousam no divã da dúvida, tentando reorganizar os pensamentos perdidos por falta de amor-próprio.

Decidir é um ato sagrado. A vida se desenha a cada escolha, a cada passo. Nada grandioso nos será entregue sem esforço. Toda conquista exige preparo, transpiração e disciplina. É nas pequenas vitórias do cotidiano que se revela a magia da existência. Suba um degrau de cada vez e, quando menos esperar, terá alcançado o topo — e do alto, verá um horizonte que antes parecia inalcançável.

*Wilson Carlos Fuáh é Especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências e Econômicas.

 

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