Após polêmica, o secretário municipal de Educação de Cuiabá, Amauri Monge Fernandes, anunciou reformulação do calendário escolar da rede municipal, a fim de evitar “emendas” nos feriados previstos para o segundo semestre de 2025. A medida, segundo ele, é recomendação do prefeito Abilio Brunini (PL), que visa evitar prejuízo aos pais que não têm com quem deixar os filhos nos dias a mais de folga.
Se o corpo de secretariado da pasta de Educação já estava com a viagem agendada, o jeito agora é refazer os planos. A começar pelo Dia do Servidor, em 28 de outubro, que caíra em plena terça-feira, o que já garantiria uma folguinha na segunda. Todavia, com a reformulação, não é o que irá acontecer. No dia que antecede o feriado, haverá aula normal.
Outra data que poderia render um descanso prolongado é a de celebração da Consciência Negra, que conforme o calendário será em plena quinta-feira, 20 de dezembro. A ideia de já emendar o feriadão com a sexta, dia 21, também não será possível neste ano, devido à reformulação. Por isso, professores, profissionais da educação e estudantes devem estar a postos.
“O que nós fizemos? Os feriados mais importantes, que são nacionais, nós vamos manter emenda. Mantivemos agora, no dia 2 de maio, e vamos manter para junho no Corpus Christi. Para o segundo semestre, estavam previstas duas emendas que nós cancelamos, que é do dia da Consciência Negra e o Dia do Servidor Público, por serem feriados que atrapalham o dia a dia das famílias”, argumentou o gestor.
Todo o impasse em relação às emendas teve início com postagem do prefeito Abilio nas redes sociais. Na ocasião, o chefe do Executivo municipal fez críticas ao calendário escolar vigente que antecipou o feriado da Paixão de Cristo, que se iniciou em 2025, já na quinta-feira (17) de abril, enquanto que o calendário previa como feriado nacional somente a Sexta-feira Santa, dia 18.
Todavia, a decisão de emendar o dia 17 com o feriado partiu dos conselhos das escolas e o calendário foi aprovado pela própria Secretaria Municipal de Educação. O que o prefeito, também via rede social, reconheceu, mas apontou que as escolas “se aproveitaram” do momento de transição entre as gestões para aprovar a folga. O que gerou mal-estar entre a gestão e o corpo docente.
Quanto ao ano que vem, o secretário Amauri não negou que as emendas serão proibidas, porém, reforçou que os casos serão melhor avaliados.
“Nos feriados principais, a gente vai estudar e o importante é manter os 200 dias letivos da melhor maneira para que aprendizagem dos estudantes não seja comprometida”, finalizou.
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