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Variedades Sexta-feira, 31 de Março de 2023, 07:15 - A | A

Sexta-feira, 31 de Março de 2023, 07h:15 - A | A

NÁVIO TEMÁTICO

Xuxa, Safadão e Luan Santana movimentam milhões. Saiba tudo!

Aluguel diário de navios de cruzeiro variam de US$ 500.000 a US$ 3 milhões por dia, dependendo da capacidade

O Fuxico

Pra quem imaginar que se trata de novidade, já vamos chegar com o pé na proa: há 18 anos, Roberto Carlos já fazia sucesso com seu cruzeiro temático. O disputadíssimo “Emoções em Alto Mar” entrou para agenda de compromissos imperdíveis do mais de um milhão de amigos do Rei e popularizou o sucesso do que estaria por vir…

De lá pra cá, onda vai, onda vem, e já existe até agenda de cruzeiros temáticos. Recentemente a reportagem de OFuxico participou de dois deles. No do Rei, por apenas algumas horas, numa experiência destinada à imprensa, e no de Luan Santana, ao longo de quatro dias, no tour completo.

A diferença básica entre eles, na verdade, é entre o de Roberto Carlos e todos os demais (que detalharemos já já). No cruzeiro “Emoções em Alto Mar”, somente o Rei é a estrela, não há outros shows musicais no palco principal.

Para divertir os passageiros, Eri Johnson se apresenta no teatro, com seu stand-up. Antes dele, cabia ao saudoso Miele, que morreu em 2015,entreter o público. A desenvoltura de Eri, ao longo dos anos, se destacou tanto que ele acabou chamado atenção de outros. Atualmente, o ator é artista contratado pela PromoAção, a maior realizadora dos cruzeiros temáticos com artistas brasileiros. A empresa, parceira da MSC, a proprietária das embarcações, destina horários específicos no cronograma de todos os navios temáticos para o show do artista carioca.

OS ARTISTAS FRETAM O NAVIO OU SÃO CONTRATADOS?
Por mais de 30 anos, a carreira de Roberto Carlos esteve nas mãos – e na mente brilhante – de Dody Sirena. Natural de Caxias do Sul, descendente de italiano com passaporte europeu, Sirena e o Rei romperam a parceria de maneira mais do que amigável em janeiro deste ano. Mas o renomado e competente empresário segue à frente de um verdadeiro império, a DC Set Group.

Considerado “o mais diverso player de entretenimento do país”, formado por diferentes verticais de negócio que reúnem empresas e iniciativas ligadas a cultura e ao esporte, o grupo já vislumbrava há tempos o panorama que hoje é febre no show business.

Em entrevista à OFuxico, Dody deu detalhes de como tudo começou. Ele destacou que artistas que faziam show embarcados não eram bem vistos e revelou detalhes de cifras. Confira:

OFuxico: Como surgiu a ideia de fazer um cruzeiro temático?
Dody Sirena: Há 18 anos fizemos o primeiro ‘Emoções em alto Mar’. Se você olhar a França e a Espanha, países que têm a tradição de cruzeiros, seja no Mediterrâneo ou no Caribe, você não vê grandes artistas, como hoje é uma realidade, é um glamour no Brasil. É tão disputado que todo grande artista quer ter um cruzeiro pra chamar de seu. Quando começamos, foi um atrevimento e um desafio porque a imagem dos artistas que faziam show em cruzeiro eram artistas em final de carreira. Artista que aceitava ficar à bordo por muito tempo, com cachês considerados baixos, uma vez que os navios têm suas próprias atrações, quando eles incluíam uma atração à parte, eram artistas que aceitavam um cachê baixo pra fazer parte daquilo ali.

OFuxico: Mas não era o caso do Roberto Carlos, certo?
Dody Sirena: Não existe lá fora essa cultura que foi implantada no Brasil. Eu tive a ideia surgida a partir de um resort na Serra Gaúcha, há mais de 20 anos, no Rancho e Pedra. Nós fechávamos o hotel de quarta a domingo, todas as noites com um grande show: Tom Jobim, Gal Costa, Jô Soares, Chico Anysio, entre outros grandes nomes. Tínhamos grandes atrações durante o dia e vendíamos o pacote para passar essas quatro noites, com uma vasta programação. Era o projeto ‘Top Class’, fizemos por muitos anos.

OFuxico: Mas o Roberto participava desse projeto?
Dody Sirena: Não. Mas foi justamente a partir do sucesso do ‘Top Class’ que eu fiz uma provocação ao Roberto. Propus a ele de termos esse mesmo conceito em um cruzeiro: fecharmos um pacote de quatro noites, envolvendo toda essa magia de cruzeiro. O Roberto aceitou o desafio, o mérito é todo dele, uma vez que na qualidade de ser o maior artista do Brasil, ele não precisaria correr esse risco.

OFuxico: O Rei não se importou em receber cachê baixo?
Dody Sirena: O nosso grande desafio era justamente desfazer essa ideia, visto que, como falei, no exterior essa é uma prática que acaba menosprezando o artista, visto como ‘decadente’. O nosso grande desafio era passar para o público que estávamos fretando o navio. O Roberto não estava sendo contratado. Ele estava fretando um transatlântico para ser o dono, para ser a ‘casa dele’, para realizar os show (N.R.: aluguel diário de navios de cruzeiro variam de US$ 500.000 a US$ 3 milhões por dia, dependendo da capacidade). O primeiro grande desafio era passar essa imagem.

 

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