O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem, em um evento em uma igreja na Flórida, nos Estados Unidos, que pretende voltar ao Brasil "nas próximas semanas" e disse que a "missão não acabou" com o país. Ele, porém, não falou qual seria a data exata para o retorno.
"Por melhor que esteja em qualquer lugar do mundo, não existe algo melhor do que a nossa terra. A saudade bate no peito de todo mundo aqui. Não tem aqui quem não tenha um irmão, tio, um filho, um amigo lá no Brasil. Nós sabemos que é um país fantástico. Eu também quero retornar ao Brasil. Pretendo retornar ao Brasil nas próximas semanas", disse o ex-presidente, réu em diversos processos na Justiça.
O ex-presidente está nos EUA desde 31 de dezembro. No final de janeiro, ele deu entrada em um pedido de visto de turista, o que permitiria ficar no país legalmente por mais seis meses. Bolsonaro voltou a atacar o TSE. Para uma plateia de apoiadores, ele novamente colocou em dúvida, sem apresentar provas, o resultado da eleição do ano passado.
"É uma satisfação muito grande a forma como vocês têm me tratado ao redor desse globo. Isso não tem preço. Ainda mais para quem, pelo menos diante do TSE, não conseguiu ser reeleito. Dizem que todos nós temos uma missão aqui na Terra. A minha missão ainda não acabou. Não interessa o que venha a acontecer comigo aqui ou no Brasil. E na forma como, porventura, algo venha a acontecer".
Não há evidências de nenhuma fraude nas eleições do ano passado ou em qualquer outra. Todos os testes feitos até hoje atestaram a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Bolsonaro criticou 'interesses' em terras yanomami. Para ele, o atual governo não quer ajudar indígenas. Em nenhum momento de sua fala, ele se solidarizou com a situação dos índigenas.
"Essa questão yanomami agora. A intenção não é atender a esses. Porque ali tá misturado, 40% da terra yanomami está no Brasil e 60% está na Venezuela. Se não tivesse riqueza lá, não teria sido demarcado como terra indígena. Os interesses são muitos. Não há interesse em ajudar a população".
O garimpo ilegal cresceu na gestão Bolsonaro. Reportagem de hoje do UOL mostrou que sua gestão sabia da situação de fome entre os yanomamis e, mesmo assim, cortou a entrega de comida.
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