O jovem Vinicius de Brito Freitas, 31 anos, que tem síndrome de Down, conquistou seu primeiro emprego no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), em março. E ele é também o primeiro servidor com síndrome de Down contratado pela Corte de Contas. Uma das funções de Vinicius será recepcionar as autoridades e levá-las ao gabinete da presidência, onde ele está lotado.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Sérgio Ricardo, disse que a escolha de Vinicius de Brito Freitas para o cargo de assessor de seu gabinete levou em consideração também as suas qualidades pessoais. “Vinícius é proativo, inteligente, educado, simpático e gentil. Tem excelente formação educacional e é muito esforçado e dedicado ao trabalho”.
Sérgio Ricardo, que assumiu a presidência do TCE este ano, explicou que o órgão quer abrir oportunidades e incentivar iniciativas públicas e privadas de inserção social. “Precisamos valorizar e respeitar as condições e qualidades de todos. E a presença do Vinicius no ambiente de trabalho traz uma experiência nova para todos nós, e a convivência, com certeza, vai proporcionar a todos experiências incríveis. Será um bom aprendizado para todos,” disse.
SINDROME DE DOWN
Segundo informação da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, a síndrome é uma ocorrência genética presente na espécie humana desde sua origem. A síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança.
Portanto, são pessoas com capacidade de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Têm direito à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, pode ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.
De acordo com a Federação Brasileira, estima-se que no Brasil 1 em cada 700 nascimentos ocorre o caso de trissomia 21, que é a existência de um cromossomo extra que causa a síndrome de Down, e que totaliza em torno de 300 mil pessoas com síndrome de Down, no país.
No Brasil, a legislação trabalhista estabelece a inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que se estende à pessoa com Síndrome de Down, apesar de não ser classificada como uma deficiência, além disso, também está prevista a participação em concurso público, por meio da Lei nacional de Cotas.
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