O ex-diretor-presidente da Rota do Oeste, Júlio Perdigão, pediu desculpas em nome do grupo Odebrecht Transport (ATP) à população mato-grossense, pela concessionária não conseguir entregar as obras de duplicação da rodovia BR-163.
"Peço desculpas verdadeiras e sinceras. Estava na presidência do Conselho, depois vim para Cuiabá, moro aqui há dois anos e volto agora para São Paulo com a sensação de pedido desculpas aos transtornos que causamos. Não tínhamos esse objetivo", disse.
A administração da rodovia passou a ser da empresa pública MT Participações e Projetos S/A, a MT Par, após assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o executivo estadual e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Está previsto investimento de R$ 7 bilhões na rodovia em um prazo de oito anos.
Segundo Júlio, a Rota do Oeste buscou deixar a concessão inúmeras vezes e em uma reunião com a OAB, foi informado que o mês de abril seria o limite máximo para a resolução da transição e que devido a uma série de avanços, já era possível mirar definições. "Apanhamos muito por conta da falta de investimentos, que foi um dos principais agravantes para os vários acidentes com vítimas fatais na rodovia", completou.
Júlio disse ainda que não havia nenhum interesse em permanecer cobrando pedágio. "O acionista não estava recuperando o investimento. Queríamos uma solução para que os investimentos retomassem, e a sociedade ficasse menos atingida".
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