Membros do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (SINDSEMP-MT) apresentaram denúncia contra o atual presidente da entidade, Emerson Mendes Silva Mendonça, alegando que ele teria praticado condutas graves e incompatíveis com o cargo que ocupa e violando a ética profissional e a legalidade da categoria. Entre os fatos citados estão uso pessoal de bens do sindicato e até mesmo nepotismo.
Na representação feita, os sindicalizados alegam “risco a imagem, a credibilidade e a própria continuidade do sindicato” enquanto instituição representativa dos servidores do Ministério Público por conta de comportamentos de Emerson. Ao longo do documento, citam que o presidente do SINDSEMP-MT teria praticado o exercício ilegal da advocacia, o que é vedado pela legislação, descumprido o dever de transparência ao não apresentar a prestação de contas do exercício de 2024 e até mesmo a prática de nepotismo, tendo supostamente contratado a própria esposa como funcionária do sindicato.
“O atual presidente contratou a própria esposa para trabalhar como auxiliar administrativo do próprio sindicato em que preside, configurando, assim, NEPOTISMO e, consequentemente, constituindo ato de improbidade administrativa. Tal ato, fere mortalmente o que enuncia a Súmula Vinculante nº 13, em que o Supremo Tribunal Federal (STF) proíbe a nomeação de parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau. [...] Como forma de comprovação da denúncia trazida, além da certidão de casamento anexa, colaciona-se o rodapé do e-mail institucional do presidente a todos os servidores do MPMT”, cita.
É dito ainda que ele teria faltado reiteradas e injustificadas vezes em reuniões de comissões nas quais deveria representar os servidores e usado de forma indevida bens do sindicato para fins particulares e familiares, incluindo alienação de patrimônio sem autorização da diretoria.
“Recentemente, chegou ao conhecimento que o presidente do SINDSEMP/MT, tem utilizado bens do sindicato para uso pessoal, inclusive chegando a fundir o motor de um veículo por mau uso, e depois vendê-lo a terceiro sem conhecimento dos membros da diretoria sindical de forma escusa e pouco clara. Chegando ao fato de ser visto com o carro durante o festival de inverno ocorrido num final de semana no município de Chapada dos Guimarães/MT, além de outras situações e sem qualquer tipo de controle ou finalidade”, revela.
Os membros ainda acrescentam que tais práticas, analisadas em conjunto, demonstram não apenas falhas administrativas, mas também indícios de atos de improbidade e abuso de poder, comprometendo a credibilidade da entidade sindical e gerando prejuízos irreparáveis aos seus associados.
Diante disso, solicitam medidas urgentes como o imediato afastamento preventivo do presidente Emerson Mendes Silva Mendonça de suas funções sindicais até a conclusão da apuração, processo disciplinar interno no âmbito do Sindicato, encaminhamento da presente denúncia às autoridades competentes e imediata auditoria financeira e patrimonial nas contas do Sindicato.
A reportagem do busca a defesa de Emerson Mendes Silva Mendonça, mas até o momento não conseguiu contato. Espaço segue aberto para manifestações.
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