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CPI BARRADA

'Governo faz oba-oba, eventos luxuosos e não investe em políticas básicas', dispara Janaina

Do Gazeta Digital

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) classificou como um “total absurdo” o fato do governo de Mato Grosso ter articulado nos bastidores para barrar a CPI do Feminicídio. Para a parlamentar, a gestão tem promovido gastos desnecessários e critica como a situação foi encarada pelo governo. Para ela, "quem quer paz" são as mulheres, em alusão a fala do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) feita na última semana. Ele declarou que é preciso paz para o Estado trabalhar.

“Um total absurdo. Não dá para entender o porquê o governo não quer uma CPI para tratar desse assunto que é um assunto de Estado. Mulheres estão com medo de viver em Mato Grosso, medo de se relacionar, de andar sozinhas nas ruas, serem abusadas, estupradas. É uma preocupação analisar o orçamento, quanto de recurso está sendo destinado para fazer esse trabalho. O governo faz muito oba-oba, eventos luxuosos com dinheiro público, mas, na minha opinião, não investe o que deveria nessa política básica, essencial, constitucional, que é o direito à vida da mulher”, disparou em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real (10.1).

A deputada acrescenta que Mato Grosso já soma um total de 37 feminicídios até o início do mês de setembro, quase alcançando o total de crimes deste tipo que vitimou 47 mulheres em 2024, citando que os casos aumentam anualmente.

Ela ainda avaliou como “mesquinho” se o fato da CPI ter sido desestabilizada for motivado a interesses políticos e eleitorais, diante da possível visibilidade que seu nome teria, já que é uma das únicas mulheres na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), sendo a única titular.

“Eu sou a única deputada mulher eleita titular no mandato e goste ou não goste, eu estarei lá até meu último dia de mandato fazendo esse trabalho. Ao invés do governo indicar a base que barrasse, poderia ter reunido todos os deputados, dada relevância do momento que Mato Grosso vive dessa pauta, porque a CPI ela tá ali para investigar aonde foi o dinheiro, se foi bem investido, se não foi”, cita.

A deputada ainda analisa que sente que o governo teria certa “preocupação” caso a CPI chamasse determinadas pessoas para serem ouvidas e garante que não era esta a intenção.

“Não era isso que nós iríamos fazer com a CPI. Nosso trabalho ia ser técnico. O governo se mostrou preocupado porque nós poderíamos convidar homens que fazem parte de cargos públicos para irem até lá para falarem sobre o tema e não era o que nós iríamos fazer, ao contrário, nosso objetivo não é investigar quem é agressor e quem é feminicida, porque nós já sabemos. O governo poderia perfeitamente ter apoiado essa iniciativa e não apoiou e deram declarações de que queriam paz. Olha, nós, mulheres, é que queremos paz. A CPI era para ir muito além disso, sem baixaria, sem escândalos, mas proporcionar ao estado de Mato Grosso uma opção para mudar essa realidade tão dura e vergonhosa”, enfatizou.

 

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