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Chapada Segunda-feira, 30 de Outubro de 2023, 05:40 - A | A

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CHAPADA DOS GUIMARÃES

Fazendeiros destroem monumentos de arenito na Cidade de Pedra

Os responsáveis foram multados em apenas R$ 36,8 mil por destruir uma das áreas estava próxima ao ponto turístico Mirante Cidade de Pedra

Do MidiaJur

Relatório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mostra a destruição da vegetação nativa e monumentos de pedra no ponto turístico Cidade de Pedra. A degradação é atribuída a fazendeiros da região, que abriram estradas dentro da unidade de conservação, a cerca de 6 km da Cidade de Pedra, ponto turístico fechado no parque nacional por conta de riscos de desabamento. de áreas dentro e no entorno do Parque Nacional (PARNA) de Chapada dos Guimarães.

Os responsáveis foram multados em apenas R$ 36,8 mil por destruir uma das áreas estava próxima ao ponto turístico Mirante Cidade de Pedra, que está fechado para visitação. 

De acordo com reportagem do MidiaJur, a situação foi notada primeiro pela equipe do manejo integrado do fogo no PARNA da Chapada dos Guimarães em 2 de março. O grupo foi a uma área pública na porção norte da unidade de conservação para fazer uma queima prescrita, medida que evita o grandes incêndios no período de seca. Em 7 de março, cinco dias depois, um servidor do parque acompanhava um grupo de pesquisadores na porção nordeste do PARNA e também percebeu alterações na paisagem do parque. Nesse último caso, o acesso foi feito pela porteira do mirante Cidade de Pedra. 

ICMBio

cidade de pedra destruída

 

Foram utilizadas duas viaturas com as quais a equipe composta por três fiscais mais um analista ambiental percorreu o interior da área em questão, onde foi constatado mais detalhadamente o dano ambiental. Nenhuma pessoa foi encontrada na área fiscalizada, mas foram observados sinais recentes de maquinários utilizados para a reforma, ampliação e abertura de novas estradas", diz o relatório do ICMBio, responsável pela administração do parque.

Segundo o órgão federal, a reforma das estradas causou danos à vegetação do Cerrado que estava em renegeração em locais que, até então, estavam abandonados. Novas estradas também foram abertas destruindo vegetação em áreas que não teriam possibilidade de autorização para "supressão". Houve danos à Área de Preservação Permanente (APP), canais naturais de drenagem foram alterados, e vários monumentos rochosos de arenito foram destruídos com uso de máquinas.

"É importante ressaltar que as formações rochosas, também referidas como monumentos rochosos, consistem em um importante atributo da paisagem do Parque Nacional que recebe atenção especial devido a suas belezas cênicas e estão relacionadas a tema interpretativo da Unidade de Conservação. Por esse motivo recebem destaque no Plano de Manejo da Unidade, segundo o qual, um dos objetivos específicos do Parque é a preservação de tais monumentos", destaca o relatório. 

ICMBio

 

Em 29 de março, uma equipe do ICMBio foi até a sede da fazenda e não havia ninguém, apesar de indícios de uso recente, como marcações na estrada por onde teria entrado o maquinário. O caseiro confirmou que havia uma motoniveladora e duas pás carregadeiras trabalhando no local.

O funcionário também informou que o dono anterior da área havia feito uma negociação com a propriedade. O negócio liberava os compradores para explorar e cultivar a área, mas com as normas técnicas e ambientais previstas na legislação.

Por MIKHAIL FAVALESSA

 

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