Está em andamento o processo de tombamento do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá – o CINEMATO – como patrimônio cultural e imaterial de Mato Grosso. A iniciativa busca reconhecer oficialmente a importância histórica, artística e social do festival para o estado, garantindo sua preservação e continuidade para as futuras gerações.
Criado em 1993, o CINEMATO foi idealizado e é produzido desde a sua primeira edição pelo cineasta Luiz Carlos de Oliveira Borges, cuiabano, morador de Chapada dos Guimarães há mais de 38 anos. Mestre em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da USP e doutor pela Universidade de Brasília, Luiz Borges tem trajetória consolidada no audiovisual mato-grossense. Entre suas realizações estão os vídeos Linhas Cruzadas (1988) e Arca de Nois (1989). Quando esteve à frente do Cineclube Coxiponés, entre 1992 e 1998, promoveu a aquisição do acervo fotográfico e cinematográfico do cinegrafista armênio Lázaro Pappazian, preservando parte fundamental da memória visual de Mato Grosso.
O festival, ao longo das décadas, formou profissionais, revelou talentos como Dira Paes e Fernando Meirelles, e levou o cinema brasileiro e mato-grossense a locais onde ele raramente chegava: escolas públicas, bairros periféricos, hospitais e comunidades rurais. Mesmo enfrentando descontinuidades, o CINEMATO resiste como símbolo da democratização da cultura e da força da produção independente.
Agora, o festival precisa do apoio da sociedade para ser oficialmente reconhecido como patrimônio cultural imaterial do estado. Qualquer pessoa pode contribuir assinando o formulário de apoio ao tombamento.
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