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Variedades Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 09:08 - A | A

Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 09h:08 - A | A

NOVA TECNOLOGIA

Fernando Fernandes sobre experiência de voltar a andar: 'não lembrava como era'

O atleta paralímpico e apresentador ficou paraplégico após um grave acidente de carro em 2009

Do Portal Leo Dias

Fernando Fernandes surpreendeu os seguidores, as redes sociais, ao compartilhar um vídeo caminhando com o auxílio de tecnologia. O atleta paralímpico e apresentador ficou paraplégico após um grave acidente de carro em 2009. Em entrevista à Quem, Fernando comentou a experiência e afirmou reacendeu uma chama antiga.

“Não é parecido com nada que já vivi na vida nos meus últimos anos. Fui muito despretensioso, achando que eu não ia sentir nada e me vi fazendo os movimentos que estavam dormidos dentro de mim. Reacendi uma chama que tinha se apagado. Não me lembrava mais de como era andar. Depois que eu aprendi a voar, tirei isso da minha mente.A questão do andar não faz parte do meu mundo e nem alimento isso porque não via esperanças”, declarou.

Fernando afirmou que ficou espantado ao se ver andando: “Acho que a tecnologia está começando a reacender essa chama que em mim estava apagada. Na hora que eu vi o meu movimento, exatamente como eu ando, me causou um espanto. Uau! É possível! Estamos próximos, mas precisamos evoluir mais”, disse.

O apresentador ressaltou que andar deixou de ser uma prioridade em sua vida, desde que aprendeu a viver com rodas e asas: “Quando conheci meu novo mundo de rodas e de asas, entendi que não era dependente de pernas exatamente para viver. Elas me ajudaram durante boa parte da minha vida, mas agora aprendi a voar. Quando você não se limita às referências externas, você começa a criar um mundo seu. Dentro do meu mundo, sou completamente feliz. Faço coisas que 90% da sociedade não faz. Descobri o quão longe posso ir sem ter minhas pernas funcionais. Se eu não chego andando, chego voando, com motor, com meus braços, do jeito que eu tiver que chegar. Eu crio a minha forma”, falou.

Fernando refletiu sobre os desafios de quem não tem o movimento das pernas e destacou que vai além de estar em uma cadeira de rodas: “Sinto que o interesse da medicina e da indústria farmacêutica é me remediar… Se eu tenho a cura não sou mais dependente do tanto de remédio que tenho que tomar quando sinto dores, tenho infecção urinária, escara de pele… As pessoas acham que o maior problema de uma pessoa que não anda é estar numa cadeira de rodas e não mexer as pernas. Esse é o menor dos problemas. Tem outros fisiológicos que são bem piores. Mas a tecnologia tem interesse. Se hoje ela cria uma máquina potente, um exoesqueleto avançado, ano que vem vai encontrar um mais avançado ainda e assim vai. É uma busca constante pelo exoesqueleto perfeito. Eu vou consumir esse exoesqueleto, ele vai ser renovado em breve”, afirmou.

O atleta revelou que tem o desejo de fazer uso de exoesqueleto [tecnologia que o permite se reconectar com os movimentos] em algumas situações: “Eu tenho interesse em ter um exoesqueleto para fazer coisas do cotidiano, andar, passear em pé, ver o mundo de uma forma que eu não via mais há muito tempo. Acredito que esse exoesqueleto vai me proporcionar a possibilidade de reencontrar os meus movimentos, de uma forma talvez no começo robótica, mas acredito que o avanço vai buscar o movimento perfeito. Daqui a pouco vou vestir uma calça exoesqueleto que vai fazer com que o canal de transmissão que o meu cérebro e meus membros inferiores não conseguem fazer”, finalizou.

 

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