O presidente da Assembleia Legislativa de Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), montou uma força-tarefa para auxiliar o frigorífico da JBS, unidade de Diamantino (a 137 km da Capital), que pegou fogo no dia 10, deste mês. Neste sábado (17), Botelho visitou, acompanhado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, deputado estadual Paulo Araújo, autoridades municipais e a diretoria da JBS, as instalações afetadas pelo fogo. O ‘time de peso’ prepara medidas emergenciais para ajudar na reestruturação da empresa e na manutenção do emprego de 1.400 colaboradores, que estão em férias coletivas por conta do incêndio.
As atividades de abate de bovinos no frigorífico estão suspensas e os prejuízos já somam um montante de R$ 800 milhões, entre produtos arruinados, danos na estrutura do prédio e gastos com a reconstrução. Um quadro de tensão e insegurança de perder o emprego se instalou na cidade e nos municípios vizinhos como Alto Paraguai e Nortelândia. “Nós somos solidários com toda população desta região, devido a esse acidente. Vamos sair daqui com notícia boa: apesar de todas as dificuldades e da demora necessária para reestruturação física da empresa, a diretoria da JBS, vai garantir o emprego de todos os colaboradores que estão aqui. Então, vamos levar para o governador essa situação, e unir esforços do Estado, Município e União para ajudar esse grupo que está contribuindo com a economia de Mato Grosso”, afirmou Botelho.
Um prazo de seis meses foi estipulado como essencial para retomar o funcionamento do frigorífico de Diamantino. O CEO da companhia, Wesley Batista, espera que em aproximadamente 45 dias, uma parte dos abates possa ser estabelecida. “Vamos realizar a desossa em outras unidades até a totalização da reforma do prédio, reiterando que após certificação da empresa para o fornecimento ao mercado chinês, ampliarão a capacidade de abate de mil para 3.600 cabeças por dia”, disse Wesley Batista, que está otimista na criação de mais postos de trabalho, a partir de junho de 2024.
Botelho disse ainda que vai propor indicações para agregar valor à empresa e região, incentivando a fabricação de gelatina e o beneficiamento do couro. O apoio também foi reiterado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. “Hoje, tivemos a tranquilidade de que esse projeto será retomado o mais breve possível, com ampliação e a manutenção dos empregos que tanto preocupava a população do médio norte”, disse Mendes.
A visita in loco, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, é para assegurar que o Poder Público adote medidas práticas para minimizar os impactos do incêndio em Diamantino. “Tudo que for preciso para ajudar na liberação das licenças para ajudar na reconstrução será feito. A boa notícia é a ampliação, gerando mais 3.600 empregos e novas oportunidades”, frisou o ministro Fávaro.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, os diretores do frigorífico estão conscientes da importância econômica da empresa para o Estado. “Vão fazer o possível para que até dezembro deste ano, voltem abater o gado e até julho do ano que vem, voltem a operar em 100%, inclusive dobrando a sua capacidade de produção. Antes do incêndio abatiam mil cabeças de gado, e quando retomarem a plenitude, serão 3600 abates. Temos certeza que aquilo que deu muita tristeza, vai agora com o trabalho de todos, dar muita alegria ao povo de Mato Grosso”, finaliza o secretário.
Entenda o caso
O incêndio teria começado no setor de armazenamento no sábado (10), por volta das 23h. Segundo os bombeiros, o fogo se espalhou rapidamente pela estrutura por causa da grande quantidade de material combustível. A assessoria da empresa JBS informou que todas as medidas de segurança foram tomadas e que ninguém ficou ferido no incêndio.
Da Assessoria
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