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REDUÇÃO HISTÓRICA

Incêndios florestais: agosto apresentou maior queda de queimadas em 27 anos

"A gente está em um patamar bem importante e um resultado significativo", destacou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento, André Lima, em entrevista à Voz do Brasil

Do Agência Gov

O Brasil alcançou uma redução histórica no número de queimadas registradas no mês de agosto. Foram 18.451 focos de calor, o menor índice desde o início do monitoramento, em 1998.O resultado representa uma redução de 61% em relação à média histórica para o mês (47.348 focos) e de 13,8% em relação ao recorde anterior, registrado em 2013 (21.410). Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em entrevista à Voz do Brasil, o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, André Lima, destacou os dados positivos. "As queimadas ou os incêndios florestais, reduziram significativamente ao longo deste ano, desde janeiro a agosto, em todos os biomas, praticamente. Apenas na Caatinga teve um pequeno aumento, mas dentro da média", comentou.

Mas, por exemplo, na Amazônia, a redução foi de quase 80% em relação à média dos últimos oito anos. No Cerrado, essa redução foi de 42,4%, na Mata Atlântica, 46%, no Pantanal, 98% de queda, tudo isso em relação ao período de janeiro a agosto, em relação à média dos últimos oito anos. Então, realmente, é um resultado bastante expressivo do primeiro ano da implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo", explicou André Lima.

A queda nas queimadas teve início em 2023, primeiro ano do atual Governo, em comparação com anos anteriores. Em 2024, no entanto, período marcado por queimadas de origem criminosa e propositais, o número voltou a crescer.

"No ano passado, nós já adotamos uma série de medidas muito, vamos dizer assim, acima do padrão médio. O presidente Lula editou sete medidas provisórias, sendo que três delas para recursos extraordinários da ordem de R$ 1,5 bilhões só para ações de combate a incêndios e a questão da seca, que foi muito drástica na Amazônia e no Pantanal. Além disso, houve uma série de medidas como, por exemplo, R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para corpos de bombeiros em todos os estados amazônicos", pontuou o secretário.

Leia a entrevista na íntegra
Secretário, essa redução nas queimadas se deu em todos os biomas, quais foram as áreas onde as quedas foram mais acentuadas?

Sim, de fato, as queimadas ou os incêndios florestais, como a gente chama, o indicador é foco de calor, mas a gente fala de incêndios florestais, reduziram significativamente ao longo deste ano, desde janeiro a agosto, em todos os biomas, praticamente. Apenas na Caatinga teve um pequeno aumento, mas dentro da média, mas, por exemplo, na Amazônia, a redução foi de quase 80% em relação à média dos últimos oito anos. Não só em relação ao ano passado, que foi extremamente grande o incêndio, mas em relação à média dos últimos oito anos, o que mostra que a gente está em um patamar bem importante e um resultado significativo.
No Cerrado, essa redução foi de 42,4%, na Mata Atlântica, 46%, no Pantanal, 98% de queda, tudo isso em relação ao período de janeiro a agosto, em relação à média dos últimos oito anos. Então, realmente, é um resultado bastante expressivo do primeiro ano da implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.

Pois é, o senhor mencionou o ano passado, que foi um ano atípico, a gente teve muita queimada no ano passado, fugiu aí dessa média que o senhor mencionou, mas foi de lá para cá que começaram a ser tomadas, então, novas medidas, esse resultado é um reflexo dessas novas medidas?

Mesmo no ano passado, nós já adotamos uma série de medidas muito, vamos dizer assim, acima do padrão médio, para vocês terem uma ideia, o presidente Lula editou sete medidas provisórias, sendo que três delas para recursos extraordinários da ordem de 1,5 bilhões de reais só para ações de combate a incêndios e a questão da seca, que foi muito drástica na Amazônia e no Pantanal.
Além disso, houve, além da aprovação da nova lei em julho, uma série de medidas como, por exemplo, 405 milhões de reais do Fundo Amazônia para corpos de bombeiros em todos os estados amazônicos.

Agora, houve também uma facilitação para contratar mais brigadistas das próprias regiões. Isso influenciou muito nessa redução?

Isso é muito importante, porque a coisa mais importante que tem é o primeiro ataque, é estar próximo quando começa um incêndio. Então, o IBAMA aumentou, ano passado já tinha aumentado o Programa PrevFogo e o ICMBio em mais de 15% e esse ano mais 25%, no número total de brigadas, tendo mais de 4.200 brigadistas atuando ao longo desse ano."

E a gente teve também, além dos brigadistas, uma renovação da frota de veículos com aeronaves também sendo usadas no combate aos incêndios, né? Tudo isso modernizou o combate?

Tem todo um combo, vamos dizer assim, um conjunto de ações que tem a ver com o maior número de pessoas envolvidas, treinamento, capacitação, equipagem, equipamentos, aeronaves, veículos, mas, sobretudo, toda uma articulação feita também do Governo Federal com os governos estaduais, aproximando o planejamento, antecipando o planejamento, compartilhando o recurso. Como eu falei, R$ 405 milhões para nove corpos de bombeiros da Amazônia, R$ 150 milhões de reais para os estados do Pantanal e Cerrado, R$ 30 milhões de reais para a elaboração de planos com os municípios. Ou seja, é uma articulação que envolve os três segmentos de governo, município, estado e Governo Federal.

O senhor já citou para a gente que houve uma redução das queimadas no Cerrado, mas é um dos biomas que mais preocupou o governo, que teve um aumento bastante grande nas queimadas nesse bioma, né? Com essas ações já adotadas, é possível já esperar um controle maior nos próximos meses?

Veja, no Cerrado, o dado que a gente tem, queda de 42% em relação à média dos últimos oito anos, queda em agosto também.
Ocorre que o Cerrado é um ecossistema, um bioma jamais, vamos dizer assim, ele está mais ambientado. É normal ter incêndios no Cerrado na época de seca. Então, a gente está vendo agora, parece que tem um grande aumento, não é isso.
O dado de incêndio no Cerrado é um dado que sempre preocupa, porque com as mudanças climáticas, a gente está tendo cada vez mais intensidade nos incêndios. Mas esse ano, o dado que a gente tem é a queda de 42,4% nos incêndios no Cerrado.

Secretário, amanhã (10) é o Dia da Amazônia, né? Então, vamos falar um pouquinho dos estados da Amazônia Legal, da prevenção por lá, como é que está o foco das campanhas para a prevenção de incêndios na Amazônia?

Olha, na Amazônia é importante falar não apenas da questão dos incêndios, mas a gente tem todo um trabalho de combate aos desmatamentos na Amazônia.

O desmatamento na Amazônia está caindo significativamente já há três anos. O problema foram os incêndios do ano passado, que comprometeram os dados desse ano, mas em termos de corte raso, como a gente chama, houve uma queda de 8%, inclusive, no ano passado, o que dá quase 50% de redução dos desmatamentos na Amazônia, em comparação com a média, por exemplo, do governo anterior"

Então, temos a comemorar, tem um esforço do governo de redução e controle desses desmatamentos e incêndios florestais, mas temos muito ainda a fazer, porque a meta do governo federal é desmatamento zero até 2030.

Agora, a conscientização da população em relação ao comportamento é muito importante também. É superimportante, tanto que também tivemos uma campanha muito forte esse ano, de mídia, para mostrar o perigo do uso do fogo de maneira irregular. Infelizmente, a gente ainda tem um uso chamado cultural.

Em qualquer bioma, né, secretário?

Em qualquer bioma, mas em momentos de seca, como, por exemplo, agora, né, a partir de agora no Cerrado, é preocupante o uso do fogo. Mas tem muita gente que ainda queima lixo na beira de estrada, queima lixo na beira de fazenda, faz queima de pasto. E a campanha que a gente faz é exatamente para evitar esse tipo de coisa e mudar a cultura do uso do fogo, só no momento certo, do jeito certo, com autorização, com orientação técnica.

 

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