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Geral Quarta-feira, 25 de Junho de 2025, 15:30 - A | A

Quarta-feira, 25 de Junho de 2025, 15h:30 - A | A

BOMBA GBU-57

Como funciona a bomba dos EUA que destruiu bunker nuclear do Irã

Do Gazeta Digital

Os Estados Unidos usaram uma das armas mais poderosas de seu arsenal para atacar três instalações nucleares iranianas no último sábado (21). A bomba GBU-57, também conhecida como MOP (Massive Ordnance Penetrator), foi projetada especificamente para atingir estruturas subterrâneas e foi lançada por bombardeiros B-2, únicos capazes de transportar o peso e dimensões da bomba.

Com mais de 13 toneladas e cerca de seis metros de comprimento, a GBU-57 é a única bomba convencional no mundo capaz de perfurar até 61 metros de rocha ou concreto antes de detonar. A ogiva é ativada somente após detectar uma cavidade subterrânea, o que permite atingir diretamente bunkers localizados em grandes profundidades.

A bomba foi usada para atacar, entre outros alvos, a instalação de Fordow, ao sul de Teerã. O local é uma usina de enriquecimento de urânio construída a cerca de 100 metros abaixo do solo, fora do alcance da maioria das armas disponíveis no arsenal israelense.

 

Por isso, segundo diplomatas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, solicitou a ajuda dos Estados Unidos na ofensiva contra o programa nuclear iraniano.

A operação mobilizou sete aviões B-2 Spirit, que partiram dos Estados Unidos em missão de 18 horas, com reabastecimento aéreo e comunicação mínima. Um segundo grupo de bombardeiros foi enviado em outra direção, para confundir o rastreamento internacional sobre o plano de ataque.

O desenvolvimento da GBU-57 começou no início dos anos 2000. Em 2009, os Estados Unidos encomendaram vinte unidades à fabricante Boeing. O artefato tem uma carcaça de aço reforçado para atravessar camadas densas de solo e um detonador inteligente que permite a explosão no momento ideal, dentro do bunker.

Segundo o Exército americano, a operação foi bem-sucedida e causou danos significativos ao programa nuclear iraniano. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou que não houve impacto sobre civis ou tropas iranianas.

A Agência Internacional de Energia Atômica, que monitora instalações nucleares no Irã, confirmou que ataques anteriores a locais como Natanz não causaram contaminação fora das áreas atingidas. Ainda não há confirmação oficial sobre os impactos ambientais após o uso da GBU-57 neste último ataque.

Em termos de destruição das usinas, um relatório preliminar secreto dos Estados Unidos diz que o bombardeio americano nas centrais nucleares do Irã selou as entradas de duas das instalações, mas não fez colapsar seus prédios subterrâneos, de acordo com o NYT.

Os achados preliminares concluem que os ataques durante o fim de semana atrasaram o programa nuclear do Irã por apenas alguns meses, disseram os oficiais.

 

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