O aumento dos preços dos combustíveis após a mudança do governo federal é um dos temores que têm acompanhado uma parcela da população. Isso porque as medidas tributárias tomadas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) para frear a escalada de preços da gasolina, que ultrapassou os R$ 7 em meados de 2022, tinham o dia 31 de dezembro como data de validade.
Afinal, como ficarão os preços na gestão de Lula? Desde julho, Jair Bolsonaro passou a aplicar medidas tributárias para reduzir o preço dos combustíveis, como a Lei que limita o ICMS sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo e o corte dos impostos federais Cide e PIS/Cofins sobre esses produtos.
Há meses, o aumento do preço do combustível é tido como um assunto com o qual Lula teria que lidar no primeiro dia de governo. E assim foi. Logo após a sua posse, o novo presidente decidiu prorrogar a isenção dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol até o dia 28 de fevereiro e, sobre o diesel, que teria maior influência na inflação, até o final de 2023. A retomada dos impostos teriam um impacto de, pelo menos, R$ 0,69 no litro da gasolina, R$ 0,35 no litro do diesel e R$ 0,24 no litro do etanol.
Apesar de o PT ter defendido em sua campanha que o cerne da escalada de preços dos combustíveis estava na Política de Preços de Petrobras, e não na carga tributária, a prorrogação foi necessária para não impactar a inflação e a opinião pública logo nos primeiros dias de governo. À GloboNews, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, reforçou que a política de precificação da estatal será revista.
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