O médico Bruno Felisberto do Nascimento, de 29 anos, confessou à Polícia Civil ter sido o autor do disparo de arma de fogo que matou sua namorada, Kethlyn Vitória de Souza, sua namorada, de apenas 15 anos de idade.
Ele afirmou que o tiro foi acidental e que ambos estavam embriagados no momento da tragédia.
A confissão foi feita na tarde desta segunda-feira (5), logo após Bruno se apresentar na Delegacia de Guarantã do Norte, a 708 km de Cuiabá. “Ele apresentou sua versão dos fatos e acabou confessando o disparo que tirou a vida da vítima”, afirmou o delegado Waner Neves, responsável pelo caso.
Bruno estava foragido desde a madrugada de sábado (3) e se entregou inicialmente na Base Aérea do Cachimbo, no Pará. Em seguida, entrou em contato com a Polícia Civil, que enviou uma equipe para conduzi-lo até Guarantã do Norte.
O interrogatório durou cerca de uma hora e contou com a presença de um advogado. Segundo o depoimento, o casal voltava de uma confraternização, e durante o trajeto de volta, já dentro do carro, Kethlyn teria pedido para dirigir e sentado no colo do médico. Foi nesse momento que ele manuseou a arma, acreditando que estivesse descarregada, e efetuou o disparo.
Bruno relatou que prestou socorro imediato à adolescente, levando-a ao hospital da cidade, onde acompanhou toda a tentativa da equipe médica de salvar sua vida. A jovem, no entanto, não resistiu ao ferimento na cabeça.
Inicialmente, o médico se recusou a informar o paradeiro da arma, mas posteriormente indicou o local onde a descartou: debaixo de uma ponte, na região de Guarantã do Norte, em direção ao Estado do Pará.
A polícia cumpriu um mandado de prisão preventiva contra Bruno, e um inquérito foi instaurado para apurar os detalhes do caso. A investigação deve ser concluída em até 10 dias.
O delegado também revelou que Bruno possui um histórico de violência doméstica, com uma medida protetiva registrada contra ele por uma ex-companheira em 2022.
O crime
O caso ocorreu na madrugada de sábado (3), por volta das 2h. A Polícia Militar foi acionada ao hospital de Guarantã do Norte, onde a adolescente deu entrada com um ferimento por arma de fogo na cabeça.
Bruno levou a jovem até o hospital e, segundo um enfermeiro, pediu desesperadamente que salvassem a vida dela, afirmando que não saberia viver sem a namorada. A equipe médica tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas ela não resistiu.
Após a confirmação da morte, o médico teria se descontrolado emocionalmente, danificando parte da estrutura da unidade, como portas e janelas, antes de deixar o local.
*Com informações da assessoria
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