Levando à risca o ditado 'a melhor defesa é o ataque', o deputado federal José Medeiros (PL-MT), um dos principais defensores da bandeira bolsonarista no estado, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que tome medidas contra suposta disseminação de fake news divulgadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe.
Medeiros entende que as acusações de que Bolsonaro está por trás da organização dos atos de vandalismo ocorridos em Brasília no último dia 8 de janeiro, são indevidas. A solicitação também foi encaminhada para o procurador-geral da República (PGR), Antônio Augusto Aras.
Contudo, quem está sendo investigado em sete processos é Bolsonaro. Em um deles, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve por unanimidade a decisão do ministro Benedito Gonçalves e incluiu em ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro a minuta de decreto golpista que foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres. A ação, movida pelo PDT contra a chapa que tentava a reeleição, pode levar à inelegibilidade de Bolsonaro. A decisão foi tomada nesta terça (14).
No dia 10, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para a Justiça Federal do Distrito Federal sete pedidos de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As ações foram apresentadas ao STF por ataques de Bolsonaro ao tribunal e ministros da Corte, uma fala considerada racista e sua participação em uma motociata nos Estados Unidos. Estas são as primeiras ações que têm como alvo o ex-presidente que saem do Supremo rumo à primeira instância.
Histórico de Fake News
Em agosto de 2021, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, foi designada para analisar denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra o deputado federal, José Medeiros (PODE), por disseminação de fake news.
O político teria usado um procedimento investigatório de uma eleição realizada em dezembro de 2019, pela Associação Beneficiente de Saúde dos Militares de Mato Grosso, o Hospital Militar, para alegar que as urnas eletrônicas não seriam seguras e fácil de fraudá-las.
No mesmo ano, ele foi incluído numa lista de 26 políticos acusados de espalhar Fake News durante a pandemia. O nome do parlamentar está registrado em documentos da CPI da Covid do Senado Federal, em Brasília. De acordo com os relatórios, Medeiros compartilhou notícias falsas em duas situações.
A primeira ao defender o uso de medicamento sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus. Em outro momento, o deputado também teria publicado um vídeo editado que retirava a frase “E daí?”, dita pelo presidente Jair Bolsonaro quando este comentou a marca trágica de 5 mil mortes no Brasil.
Cassado
Em outro momento de sua conturbada vida política, Medeiros teve o seu mandato de senador cassado. O fato se deu em 2018. Ele era suplente de Pedro Taques (PSDB), e teve o mandato cassado por unanimidade pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O tribunal entendeu que houve fraude na ata da convenção partidária, e a posição dos suplentes de Taques foi invertida.
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