A Federação dos Conselhos Comunitários de Segurança do Estado de Mato Grosso (FeconsegMT) emitiu nota de repúdio contra Luis Augusto Crivellaro, de 51 anos, então presidente do Conselho de Segurança de Chapada (Conseg), que foi preso na segunda-feira (29) por descumprimento de medida protetiva e suposta perseguição contra a ex-namorada, uma jovem de 21 anos.
“Todos os Consegs, que são ligados a esta Federação, não podem e não admitem agressões a quem quer que seja, e menos ainda a mulheres e crianças, e para tanto esta Federação tomará todas as medidas necessárias para afastar a pessoa agressora”, diz trecho da nota.
A Federação destaca ainda que, mesmo não tendo responsabilidade sobre os atos de seus integrantes, repudia, de forma veemente, qualquer ato de violência e já atua para destituir Luis Crivellaro do cargo.
“Repudia de forma veemente as aludidas agressões e os desrespeitos a medida protetiva imposta pelo Poder Judiciário. E tomará em conjunto com a diretoria da Chapada dos Guimarães as medidas legais para em ‘prima facie’ expulsar o presidente daquela instituição e por segundo dar o apoio necessário aos diretores remanescentes”, diz outro trecho da nota de repúdio. A Feconseg ainda se diz vítima, pela exposição negativa aos Conselhos de Segurança, após a repercussão da prisão pela mídia.
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No final da tarde de terça-feira (30), o juiz Leonisio Salles de Abreu Júnior, da 1º Vara de Chapada dos Guimarães, decretou a prisão preventiva de Luís Augusto Crivellaro, por violência doméstica e descumprimento de medida protetiva. O processo está em segredo de Justiça.
No último dia 22 de maio, a jovem registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e pediu uma medida protetiva, que foi concedida pela autoridade policial. No entanto, no último fim de semana, Luís voltou a circular nas imediações da casa da ex-companheira, além de difamar a vítima para a sociedade. A jovem acionou a polícia e o suspeito foi preso em flagrante, sem o uso de algemas, na segunda-feira.
Diante da situação, o delegado Marlon Luz, responsável pela Delegacia de Chapada dos Guimarães, representou pela prisão preventiva do suspeito, pelo fato dele já responder a um processo na Justiça, desde o ano de 2020, também por acusação de violência doméstica contra outra companheira.
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