Morreu, na noite desta segunda-feira (23), o elefante asiático Tamy, que estava no ex-zoológico de Mendoza, na Argentina, e vinha sendo treinado para ser transportado para o Santuário de Elefantes Brasil (SEB) localizado no Mato Grosso.
Tamy tinha 55 anos e vinha recebendo assistência veterinária permanente por dores articulares. O animal passou mais de 30 anos em Mendoza, no ex-zoológico, hoje transformado em um Ecoparque.
Segundo o santuário, Tamy “vinha enfrentando algumas das dificuldades físicas que acompanham a idade avançada e o confinamento extremo”.
“Seu corpo vinha lidando, aos poucos, com desafios cada vez maiores, então, embora essa notícia seja chocante, também representa tristemente o que o cativeiro pode causar a um indivíduo — especialmente ao longo de décadas”, escreveu o local de recuperação de elefantes que viviam em confinamento.
Uma necropsia será realizada nas próximas horas para determinar os motivos da morte.
"Estamos muito tristes. Tamy se foi em paz, já não há mais dor para ele", disse Leandro Fruitos, da Fundação Franz Weber, que acompanha a situação dos elefantes que estão confinados na Argentina.
Tamy chegou ao ex-zoológico de Mendoza em 1984, após ser “doado” pelo Circo Hermanas Gasca, que não conseguiu permissão para ir para o Chile com o animal.
“Seu passado no circo fez com que a maior parte — senão toda — de sua formação fosse baseada em dominação, o que gerou uma profunda desconfiança dos humanos”, escreveu o Santuário de Elefantes brasileiro, em uma postagem informando o falecimento do animal.
Segundo o santuário, nos últimos três meses, uma equipe trabalhava para construir uma relação com ele, que respondia de forma positiva. A aproximação visava o translado futuro para o Brasil.
As elefantas asiáticas Pocha e Guillermina, que também viveram no ex-zoológico de Mendoza, foram levadas para o SEB em 2022.
Kenya, uma elefanta africana que ainda está no local, já está pronta para o translado e deve empreender viagem em breve para o santuário brasileiro.
Em abril, a elefanta africana Pupy foi a protagonista do trajeto de 2.700 quilômetros, feito em cinco dias, do Ecoparque de Buenos Aires para o santuário do Brasil.
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