A sinfonia da primavera ganha reforço nos meses de outubro e novembro com o som das cigarras. Em Chapada dos Guimarães, ao amanhecer e também no entardecer, esses insetos não passam despercebidos. Afinal, são 120 decibéis de “cantoria” disputando as atenções.
As cigarras pertencem à superfamília Cicadoidea. Há mais de 1.500 espécies deste inseto no mundo. No Brasil, uma das mais comuns é a Carineta fasciculata, que mede cerca de 3,5 centímetros de comprimento e tem coloração amarelada com linhas pretas irregulares no dorso.
O ciclo de vida das cigarras é curioso. Entre a primavera e o verão, os machos adultos atraem as fêmeas emitindo um som alto, que pode chegar a 120 decibéis, algo comparável à decolagem de um avião.
Ao acasalarem, as fêmeas põem seus ovos em troncos de árvores e morrem em seguida. Esta etapa de vida adulta dura cerca de um mês.
Dos ovos surgem os insetos jovens (ou ninfas) que caem ao chão para entrar na terra. É neste mundo subterrâneo, sugando a seiva das raízes das árvores, que as ninfas vão permanecer de um a 17 anos, dependendo da espécie.
Após o longo período sob a terra, já com o exoesqueleto formado, as cigarras cavam túneis e chegam à superfície, procurando as árvores para se fixarem. Nesta fase adulta, as carapaças se rompem e os insetos iniciam a reprodução. E assim, o ciclo de vida se completa.
* Com informação g1
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