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Variedades Terça-feira, 15 de Julho de 2025, 16:58 - A | A

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OCUPAÇÃO É COM ARTE

Baguncinha, o Festival' bate recorde de público e celebra a diversidade e muita arte

Festival reuniu mais de 5 mil pessoas no entorno da Arena Pantanal; 19 artistas locais fizeram parte do line up

Da assessoria
Da Redação

Um coral de mais de 5 mil pessoas acompanhou a cantora Liniker, a “Artista do Ano” pelo Prêmio Multishow, no último sábado (12), durante o Baguncinha, O Festival. Foi uma grande celebração da diversidade cultural brasileira e uma ode às juventudes mato-grossenses. Além da artista nacional, o público entoou canções de artistas regionais como Sépiazul, Dj Kuririn, MC Mestrão, MC Dinero e Pacha Ana, vibrou com Djonga e transbordou com os DJs e as atrações do palco eletrônico.

A celebração foi multicultural e plural: para além das atrações musicais, houve feira de criatividades, gratuidade para vivências de skate e acesso democrático aos shows. A Dj Pri Pires foi uma das apresentações locais do Baguncinha e trouxe sua identidade musical para o setlist. “O que eu gosto de tocar é ‘Brasilidades’, porque a galera ainda não valoriza a cultura daqui, não tem muitos DJs do gênero”, comenta.

A cantora e compositora Pacha Ana, que ganhou recentemente o prêmio de “Melhor Artista de Hip Hop feminino do Brasil”, no Profissionais da Música, levou ao palco seu projeto musical “Motumbá”, com músicas que enaltecem os orixás de religiões de matriz africana, reforçando a proposta de diversidade do festival. “Fazer parte disso é mostrar minha arte, é dizer que estamos aqui, estamos vivos e estamos produzindo”, destaca.

Um dos principais rappers da cena nacional, Djonga, que estava parado há um tempo, convocou a plateia para o combate ao racismo. “Estamos voltando agora para estrada e abrir aqui foi legal, porque a gente abre com chave de ouro, com essa energia da galera e, querendo ou não, é um lugar que a gente vem pouco. Eu estava conversando com os organizadores, que falaram como foi difícil fazer um festival e, participar disso, é mais importante do que parece”, registrou.

Mais de 650 ingressos sociais distribuídos
Como parte do compromisso com a inclusão e o acesso democrático à cultura, o Baguncinha, o Festival 2025 distribuiu mais de 650 ingressos sociais para diferentes públicos e iniciativas. Foram contempladas ações como a voltada para 100 estudantes dos cursos de Turismo, Comunicação e Eventos do Instituto Federal de Mato Grosso; a Lista Trans, que garantiu entrada gratuita de 162 pessoas; e os vencedores do 2º Prêmio de Rap Tchapa e Cruz, com 60 ingressos. Além disso, foram destinados 139 ingressos para pessoas com deficiência (PCD), além de 113 convites para acompanhantes daqueles que sinalizaram a necessidade de apoio.

Outros ingressos foram entregues a representantes de expressões artísticas e esportivas locais via Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), que viabilizou o acesso de mais 110 pessoas. A Associação de Familiares e Pessoas com Síndrome de Down também foi contemplada. Segundo a organização do evento, tais iniciativas reforçam a proposta do festival de ampliar a diversidade de público e de garantir que diferentes vozes e corpos ocupem os mesmos espaços, especialmente espaços públicos, como é o caso da Arena Pantanal.

Atrasos no Festival
O Festival, no entanto, apresentou atrasos subsequentes nas transições das atrações, o que gerou o cancelamento do show da banda Calorosa. Henrique Taveira, produtor geral do festival, informou que problemas técnicos causaram a situação. “Nós buscamos prestigiar a produção local com uma grande line up, mas, infelizmente, tivemos uma intercorrência de tempo durante as trocas de palco. É o nosso desejo de contemplar o maior número de artistas, mesmo sabendo que outros grandes nomes da música local ficaram de fora. Nas próximas edições, talvez, teremos de diminuir o volume de apresentações para evitar situações como essas”, disse.
Lucas Oliveira, diretor do Grupo SUMAC, também lamentou o cancelamento. “Ficamos tristes pelo acontecido, ainda mais por ser a Calorosa, uma banda que a organização admira, que sempre abrilhantou edições anteriores e foi escolhida para abrir o show da Liniker. Ano passado, inclusive, eles fizeram um show memorável no Baguncinha. Infelizmente, essas falhas acontecem em todos grandes festivais, sejam nacionais ou internacionais. Mas dobraremos os esforços para não se repetirem no ano que vem”, destacou.

*Sobre o Baguncinha, o Festival 2025*
Mais do que um festival de música, o Baguncinha é um movimento coletivo de resistência cultural, pluralidade e pertencimento, com forte enraizamento na identidade cuiabana. O encontro multicultural se firma como espaço de celebração, memória e fortalecimento da identidade das juventudes mato-grossenses. O Grupo SUMAC tem no seu portfólio mais de 100 eventos realizados com circulação superior a 20 mil pessoas em 4 anos de existência.

A realização é da Ápice Produções e da Casa Sumac. São patrocinadores desta edição: Cooperativa Sicredi, Cervejaria Petra, energético TNT, Beats e Guaraná Antártica. O evento também conta com apoio de Color Gin e Stamp e com parcerias com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), Observatório de Cultura de Mato Grosso, Potências Negras e Herdeiras do Quariterê.

 

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