O ministro Carlos Fávaro (PSD) deve ser exonerado do cargo na pasta da Agricultura e reassumir seu posto como senador só para apresentar emendas parlamentares de 2024, cujo prazo termina na quinta-feira. Segundo o Eh fonte, assessoria de Margareth Buzetti informou que ela também está preparando suas emendas e negou a existência de qualquer acordo entre os dois nesse sentido.
Além de se posicionar em algumas votações contra o governo Lula, Margareth se envolveu em um entrevero público ao ser cobrada por não cumprir o acordo que permitiria ao segundo suplente, José Lacerda (PDD), assumir o mandato neste ano. A senadora se negou a deixar o cargo, afirmando que não havia feito acordo algum.
À frente da Agricultura, Fávaro tem reforçado seu compromisso com Mato Grosso, destinando fartos recursos de emendas ao estado. Por conta disso, irritou os caciques do Centrão no Congresso e viu sua imagem se desgastar dentro e fora do governo. Alguns partidos e líderes chegaram a articular a sua saída do cargo. Mas apesar dos ataques, Fávaro mostrou força até agora para se manter no primeiro escalão do governo Lula.
O ministro tornou-se alvo do Centrão após o Ministério da Agricultura empenhar R$ 135,7 milhões em emendas para cidades mato-grossenses, o equivalente a 48,5% do total de recursos liberados pela pasta neste ano. Foram realizados 14 repasses. O empenho ocorre quando o governo se compromete com determinada obra ou serviço, reservando dinheiro no orçamento para essa despesa.
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