A Justiça de Mato Grosso determinou o bloqueio de R$ 7 milhões em bens e valores pertencentes aos responsáveis pelas empresas Imagem Eventos e Graduar Decoração e Fotografia, investigadas por aplicarem um golpe que afetou mais de mil formandos em Mato Grosso e Rondônia.
O valor bloqueado equivale ao prejuízo estimado das vítimas, que pagaram por cerimônias de colação de grau e festas de formatura que nunca ocorreram.
A medida faz parte da Operação Ilusion, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (20), por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), e inclui ainda a suspensão das atividades econômicas das empresas, a apreensão de oito veículos e buscas domiciliares nas cidades de Maringá (PR) e João Pessoa (PB).
As investigações revelaram que os empresários Eliza Severino, de 51 anos, e Márcio Nascimento, de 49, sabiam que não teriam condições de cumprir os contratos, mas ainda assim continuaram firmando novos acordos até poucos dias antes do encerramento das atividades.
Segundo o delegado Rogério Ferreira, responsável pelo inquérito, os investigados chegaram a lançar “promoções relâmpago”, exigindo pagamento à vista, além de esconder registros de eventos já realizados para tentar vendê-los após o fechamento da empresa.
“Ficou claro que os investigados planejaram o encerramento das atividades com pelo menos quatro meses de antecedência”, afirmou o delegado. A empresa encerrou oficialmente as atividades no dia 31 de janeiro, sem aviso prévio, deixando estudantes e familiares em choque.
Cerca de 40 turmas universitárias, em sua maioria de cursos de Medicina, além de estudantes de escolas públicas e particulares de Cuiabá, Várzea Grande e cidades do interior, foram afetadas. Os contratos foram firmados ao longo de 2023 e 2024 e envolveram pagamentos substanciais.
O casal de empresários Eliza Severino, de 51 anos, e Márcio Nascimento, de 49, teve prisão preventiva decretada e está foragido. Eles e outros dois investigados são alvos dos mandados de bloqueio e sequestro de bens.
A Polícia Civil reforça que as denúncias podem continuar sendo feitas na sede da Decon, pelo telefone 197 ou pela Delegacia Virtual. A investigação segue em andamento para responsabilizar os envolvidos e buscar, dentro do possível, a reparação dos danos às vítimas.
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