Indígenas bloquearam um trecho da BR-158, em Água Boa (631,6 km de Cuiabá), nesta quarta-feira (23), após a morte por atropelamento de Desidério Aédzane Rudzapari Xavante, de 33 anos, ocorrido na noite de terça-feira (22). Eles pediam explicações sobre a morte da vítima que foi atingida por um caminhão, cujo motorista fugiu sem prestar socorro.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o bloqueio começou já nas primeiras horas da manhã e os manifestantes solicitavam a presença de representantes da PRF e do Departamento Nacional de Trânsito (Dnit), exigindo o laudo pericial da morte.
Somente no período da tarde, por volta de 13h, agentes da Funai negociaram com os manifestantes que fizeram a liberação da via. A PRF destaca que a identificação do autor do atropelamento só será feita após investigações, visto que ele fugiu do local.
Em entrevista à imprensa local, o gerente regional da Perícia Oficial de Identificação Técnica, Paulo Barbosa, explicou que a morte foi por traumatismo cranioencefálico causada pelo atropelamento.
"A causa da morte foi principalmente pelo traumatismo cranioencefálico, mas ele teve várias fraturas que a gente chama de politraumatismo. Os vestígios estão, de fato, relacionados com a situação de atropelamento. No local, foram levantadas algumas hipóteses que poderiam não ser um acidente de trânsito, mas tanto o vestígio local como o coletado pelo médico durante o exame de necrópsia aponta para uma situação de atropelamento", afirmou.
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