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MÚSICA QUE UNE GERAÇÕES

Guns N’ Roses estreita laços familiares e de amizade entre fãs

Do Gazeta Digital

Sweet Child O' Mine, Welcome to the Jungle, November Rain, Paradise City, Patience, só para citar algumas. Estas são canções da banda norte-americana Guns N’ Roses que marcaram gerações e ainda hoje repercutem no mundo da música. Com a visita histórica da banda para show na capital mato-grossense, fãs cuiabanos já preparam as bandanas e camisetas para o dia 31 de outubro deste ano, quando a Arena Pantanal será palco de muito rock e nostalgia.

O conversou com fãs que já garantiram os ingressos e agora estão na expectativa para ver a banda ao vivo, com toda a energia. Um deles é o economista Jeverson Missias, 74, que teve a oportunidade de acompanhar os primeiros grandes sucessos do Guns quando trabalhava como radialista.“No final dos anos 80, eles surgiram com o lançamento do álbum 'Appetite for Destruction', considerado um marco no rock. O disco foi responsável por projetar a banda e consolidar seu nome entre os gigantes. Dentre os sucessos, um dos mais icônicos é o riff de abertura em 'Sweet Child o’ Mine'", recorda.

Jeverson conta que se lembra da imagem do Guns N’ Roses como "marcante, rebelde e intensa", com um som cru, e visual diferente de outras bandas que se apresentavam na época. “Axl Rose se projetou para o sucesso, com sua voz potente, alcance vocal e sua presença de palco enérgica”, destaca.

Mesmo fã da banda há décadas, ele narra que nunca chegou a vê-los ao vivo. Estava com ingressos em mãos para o Lollapalooza Brasil 2020, no entanto, devido à pandemia, o evento foi adiado, e posteriormente a banda cancelou sua participação. “Agora a expectativa é alta, considerando que será o maior espetáculo de rock da história da capital mato-grossense. Vejo também como o início da inserção de Cuiabá no circuito de grandes shows nacionais e internacionais”, avalia.

Finalmente, ele terá a oportunidade de estar no show do grupo e também pretende levar a filha, a psicóloga Maria Vitória Souza de Oliveira, 24, que herdou os gostos musicais do pai.

“Guns foi uma das primeiras bandas que ouvi na infância, por influência do meu pai. Fazíamos muitas viagens de carro para Goiânia, sempre com a trilha sonora das músicas favoritas dele, gravadas em pendrive, e muitas eram do Guns. A minha primeira referência foram os meus pais, com os clássicos do rock internacionais, o que influenciou muito no meu gosto musical; depois meus irmãos, com estilos de rock moderno e outros sucessos internacionais, abrindo portas para eu descobrir meus estilos preferidos”, cita a jovem.

Para Maria, ir ao show acompanhada do pai, da mãe e do namorado, é um sonho compartilhado. “Fico muito grata por conseguir viver esse momento com todas essas pessoas queridas, em especial com meu pai, por ser quem me apresentou a banda, e não vejo a hora de ouvir ao vivo as músicas que me remetem a ele e que trazem tantas lembranças boas em família”, celebra.

Para o fotógrafo Allan Galhardo, 48, as músicas da banda remetem aos seus 12 anos, quando começou a andar de skate e ouvia os hits pelo rádio. Sem aparelho de som em casa, pegava emprestado um rádio do primo e gravava as músicas na fita cassete.

“Meu conhecimento do Guns N' Roses foi na época da MTV Brasil, quando o primeiro álbum do Guns N' Roses foi lançado e teve um grande boom. O sucesso com Sweet Child of Mine, aí veio Patience também, e aí também teve aquela situação que o Guns N' Roses fez um clipe que tinha cenas do Exterminador do Futuro. Inclusive, eu tenho o disco vinil do Appetite For Destruction, com aquela primeira capa que foi censurada nos Estados Unidos e depois eles mudaram para aquela que tem o crucifixo com caricatura dos integrantes”, conta.

Anos mais tarde, Allan chegou a montar uma banda autoral com amigos chamada Zorato, uma mistura de hardcore, funk metal e hip hop e chegou até a tocar em outros estados, tamanha a influência da música em sua vida.

“O Guns N' Roses é um ícone do rock mundial pelos grandes hits que eles fizeram. A gente ouve até hoje em bares, casas de show, bandas covers, e vai ser a segunda vez que eu vejo o Guns. Tive a felicidade de vê-los em 2022 no meu primeiro Rock in Rio e já nessa fase que só estão os remanescentes, o Axl, Slash e o Duff. Agora a gente vai conseguir ver na nossa cidade, isso é uma grande vitória e espero que Cuiabá possa entrar no eixo de shows internacionais”, torce o fã.

Quem também não vê a hora de estar na Arena Pantanal em outubro é a estudante Maria Luiza Gomes Rodrigues, 22. O primeiro contato da jovem com a banda foi na infância por meio de seu irmão. “A primeira música do Guns que ouvi foi ‘Sweet Child O’ Mine’, pela popularidade, mas tenho uma lembrança muito marcante de ‘Don’t Cry’ no jogo Guitar Hero. Meu primeiro contato com a banda foi graças ao meu irmão, Gabriell. Ele me apresentou o jogo e chegou até a fazer um ‘cosplay’ do Slash na escola, quando usava o cabelo comprido, isso ficou na memória”, cita.

Como não poderia deixar passar a oportunidade única, pretende ir no evento acompanhada do namorado, João Gabriel, e também com um amigo de longa data. Para Maria Luiza, o momento será especial por estar com duas pessoas queridas e pela aproximação com a música.

Mobilização até entre a classe política

Os parlamentares mato-grossenses também não querem ficar de fora do evento que vai entrar para a história. A presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), já admitiu que está com ingresso comprado e vai ao show realizar seu sonho de juventude, já que quando era mais nova, os pais não a deixavam ir ver a banda.

“Meu sonho era ir ao Rock in Rio anos atrás, quando eu era adolescente para assistir ao show do Guns N' Roses e não tive oportunidade na época, meus pais não deixavam, não me levaram. Depois que os meus filhos ficaram adolescentes, eu levei eles para o Rock in Rio, mas não teve Guns N' Roses e agora vai ter em Cuiabá. Não consegui comprar aquele convite caro, mas vou de povão”, brincou.

 

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), também demonstrou entusiasmo e vê a realização do evento como um meio da Capital receber mais shows internacionais. “Sempre fui fã desde muito garoto e não vou perder a oportunidade. Para Cuiabá é muito bom entrar no roteiro de shows internacionais, isso mostra o crescimento da Capital e pujança do Estado, eu particularmente estou muito empolgado, feliz. Outras oportunidades podem ser abertas a partir de um show desse. [...] Cuiabá tem condições de receber um show desses e acomodar gente de fora. Quem é fã vem, acaba dando um jeitinho”, avaliou.

Movimento na economia e no turismo da Capital

Estima-se que o evento movimente cerca de R$ 400 milhões na economia cuiabana, de acordo com dados divulgados pela Prefeitura de Cuiabá, que dará suporte logístico ao show internacional por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) e da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb). O evento será realizado no dia 31 de outubro, com previsão de lotação máxima da Arena Pantanal, que possui capacidade para 40 mil pessoas.

 

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), elogiou a iniciativa e destacou o impacto positivo que o evento trará para a cidade. “Essa é uma oportunidade incrível. Toda a rede hoteleira vai estar lotada, e muita gente vai poder empreender nesse período. Estamos falando de mais de 40% dos fãs vindo de outras cidades e estados. Um evento como esse pode movimentar mais de R$ 400 milhões na economia cuiabana”, afirmou.

 

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