O senador Jayme Campos (União) disse que a privatização de quatro aeroportos de Mato Grosso deve ser acompanhada de perto para que eles não tenham o mesmo fim da BR-163, que após ser transferida para a iniciativa privada, não recebeu os investimentos previstos no contrato de concessão.
Os terminais em questão foram concedidas à Centro Oeste Airports (COA), que é responsável por administrar as unidades de Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop.
Jayme criticou a estrutura precária que os usuários são atendidos na Capital. “Fiquei muito triste porque vi que uma das esteiras de bagagem não está funcionando, em alguns embarques o passageiro tem que andar 600 metros pra embarcar no avião”, avaliou Jayme.
Nesta segunda-feira (27), senadores e membros do alto escalão do governo cobraram a conclusão das obras atrasadas, durante evento promovido pela concessionária, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Conforme aponta um estudo do Instituto Transnacional (TNI), centro de pesquisas com sede na Holanda, de 2000 a 2019, 312 cidades em 36 países reestatizaram serviços que tinham sido privatizados. Entre elas, Paris (França), Berlim (Alemanha) e Buenos Aires (Argentina).
A concessão e a privatização das rodovias federais, transferindo o custo de manutenção para os usuários, não têm dado conta de realizar os investimentos previstos e, portanto, não podem ser consideradas bem-sucedidas. O Senado Federal destaca que dos oito trechos cedidos na última etapa do programa federal até 2018, um foi cassado e os demais enfrentam processos de ajustes que podem resultar em sua caducidade ou devolução.
Dos 12 leilões de rodovias previstos inicialmente para 2022, apenas o leilão da BR-163 (do Mato Grosso ao Pará), e da BR-153 (ligando Goiás ao Tocantins) foram realizados.
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