O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), voltou a cobrar o governo do Estado pela liberação do tráfego na estrada que dá acesso ao Distrito de Água Fria, em Chapada dos Guimarães. A demanda ganhou força após o prefeito Osmar Froner (União), enviar um ofício à Assembleia pedindo ajuda para minimizar os prejuízos causados pelas restrições viárias na região.
Em resposta, Max afirmou ter se reunido com o governador Mauro Mendes (União), que teria repassado a questão ao secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, para que dialogue com o titular da Infraestrutura, Marcelo Oliveira. O parlamentar defende que, ao menos durante o período de estiagem, as restrições ao tráfego de veículos pesados sejam suspensas.
“Na época das chuvas, entendo que as restrições são necessárias, para preservar a estrada. Mas agora, com tempo seco, a proibição só traz prejuízo aos produtores, dificulta investimentos e impacta diretamente a economia de Chapada”, afirmou Max nessa quarta-feira (2/7).
No documento enviado à Assembleia, Froner pediu a liberação do tráfego de veículos pesados em três situações específicas, com o objetivo de garantir o abastecimento da cidade, reduzir o custo com fretes e permitir a movimentação de turistas, especialmente diante da suspensão das obras no Portão do Inferno — trecho crítico da MT-251 que conecta Cuiabá à Chapada.
Max também se mostrou preocupado com o impasse nas obras da estrada, especialmente após o Governo do Estado anunciar que o projeto de retaludamento do morro no Portão do Inferno foi suspenso por causa de “inconsistências geológicas” identificadas durante os estudos técnicos.
“A suspensão do projeto foi uma frustração. O prejuízo à população e ao comércio de Chapada é enorme. Estamos prestes a entrar em mais uma temporada de eventos, como o Festival de Inverno, e precisamos garantir acesso e segurança para que a cidade continue ativa”, reforçou.
Chapada dos Guimarães vive, desde dezembro de 2023, os efeitos das interdições na principal via de acesso ao município, causadas pelo risco de deslizamentos. O governo estadual chegou a anunciar a contenção com cortes no morro, mas o projeto foi interrompido diante de novos estudos que apontaram falhas geológicas no terreno.
O governo agora promete apresentar uma nova solução técnica para o trecho, possivelmente com a construção de um túnel, proposta que também foi defendida por Max Russi. Para o presidente da ALMT, no entanto, é essencial que medidas paliativas sejam adotadas imediatamente para reduzir os danos econômicos e sociais provocados pela lentidão nas obras.
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