A Polícia Civil de Mato Grosso, deflagrou, nesta quinta-feira (05), a Operação Fachada, para desarticular um grupo criminoso envolvido em crime de agiotagem. Foram cumpridos seis mandados judiciais contra alvos em Chapada dos Guimarães e Cuiabá.
As ordens de busca e apreensão domiciliar visam apreender documentos, celulares, cadernos de contabilidade paralela e valores em espécie, que subsidiaram e corroboraram com o inquérito que tramita na Delegacia de Chapada dos Guimarães.
Os alvos, sendo cinco empresários (quatro residentes em Chapada dos Guimarães e um em Cuiabá), respondem pelos crimes de extorsão e constituir organização criminosa.
A Polícia Civil apurou que os suspeitos emprestavam dinheiro com juros abusivos a pessoas humildes, recorrendo à atuação de facção criminosa para realizar as cobranças quando os pagamentos atrasavam.
De acordo com o delegado de Chapada dos Guimarães, Eugênio Rudy Júnior, o método de cobrança incluía ameaças, coações e atos de violência, caracterizando clara associação entre o poder econômico e o crime organizado.
“O empresário de Cuiabá, do ramo imobiliário, empresarial e do agronegócio possui quase 22 mil seguidores nas redes sociais. Ele ostenta uma vida de luxo, exibindo caminhonetes de alto padrão como Dodge RAM, barcos e itens de elevado valor, projetando a imagem de sucesso e prosperidade”, destacou Eugênio Rudy Júnior.
Coordenada pela Delegacia de Chapada dos Guimarães a operação contou com *apoio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores; Delegacia Especializada de Roubos e Furtos; Delegacia Especializada de Defesa da Mulher; Delegacia Especializada de Estelionatos e da Polícia Militar de Chapada dos Guimarães.* Foram apreendidas de armas, drogas (cocaina), balança de precisão, petrechos utilizados no embalo de drogas, celulares, centenas de notas promissórias tomadas como garantia das dividas e dinheiro.
Continuidade
As diligências seguem com objetivo de identificar novas vítimas, bem como aprofundar a investigação através das análises patrimoniais dos envolvidos, reforçando que nenhuma posição social, influência ou aparência pública exime o cidadão de responder por seus atos.
Nome da Operação
“Fachada” faz alusão a aparência de legalidade usada pelos investigados para mascarar suas atividades criminosas. Porém por trás da imagem de empresários bem-sucedidos e socialmente respeitáveis, havia uma estrutura criminosa montada para explorar pessoas vulneráveis com o uso da força e do medo.
Tolerância Zero
O trabalho faz parte do programa criado pelo Governo de Mato Grosso de enfrentamento às facções criminosas e o combate ao crime organizado.
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