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Política Terça-feira, 11 de Abril de 2023, 09:10 - A | A

Terça-feira, 11 de Abril de 2023, 09h:10 - A | A

CHINA

Brasil articula retomada de relações com maior parceiro econômico

O volume comercializado entre os parceiros, US$ 150 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004

Da Redação

Tida como uma das mais importantes e estratégicas viagens internacionais do seu terceiro mandato, Lula (PT) e uma comitiva formada por oito ministros e mais de 20 parlamentares, além de empresários e governadores, buscam retomar o bom relacionamento com o maior parceiro comercial do Brasil: a China. Após a desastrosa gestão diplomática do governo Bolsonaro, que criou uma série de incovenientes com a maior potência econômica mundial - o Banco Mundial usa o PIB constante em paridade de poder aquisitivo, e a China já ultrapassou os Estados Unidos, com 23 bilhões contra 20 bi do país norte-americano.

A programação oficial, que começa a partir de amanhã (12) e vai até sexta-feira (14) nas cidades de Xangai e Pequim. Lula participará da cerimônia de posse da ex-presidenta Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco de fomento dos Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Encontros com empresários, encontro com lideranças sindicais e reunião com o presidente Xi Jinping para assinatura de acordos bilaterais estão entre os principais eventos da agenda.

No retorno ao Brasil, o avião presidencial irá pousar em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, para uma visita oficial no próximo sábado.

“Na China, vamos consolidar nossa relação com a China, eu vou convidar o [presidente] Xi Jinping para vir ao Brasil, conhecer o Brasil numa reunião bilateral, para mostrar os projetos de interesse. O que nós queremos é construir parceria com os chineses, fazer sociedade com os chineses, para que eles possam fazer investimentos em coisas que não existem, uma nova rodovia, ferrovia, hidrelétrica, uma coisa qualquer que signifique algo novo para o Brasil”, disse o presidente do Brasil.

Em 2022, a China importou quase de US$ 90 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou aproximadamente US$ 61 bilhões para o mercado nacional. O volume comercializado, US$ 150 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004. Esta será a terceira viagem de Lula como presidente brasileiro ao gigante asiático.

2023 também marca o cinquentenário do início das relações comerciais entre Brasil e China. A primeira venda entre os dois países aconteceu em 1973, um ano antes do estabelecimento das relações diplomáticas sino-brasileiras.

Acordos
Mesmo com o adiamento da visita de Lula à China, parte da comitiva que chegou antes do presidente conseguiu avançar em pendências importantes. Umas delas foi o fim do embargo à venda de carne bovina brasileira após 29 dias de suspensão. A decisão, segundo o Ministério da Agricultura, foi tomada após reunião entre o ministro Carlos Fávaro e o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa, Yu Jianhua, em Pequim, no dia 23 de março.

Com a presença de Lula, a expectativa que mais de 20 acordos entre China e Brasil sejam assinados. Um deles será para a construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos na parceria bilateral. De acordo com o governo brasileiro, o diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens.

Outro ponto que o presidente quer discutir com Xi Jinping é a possibilidade de o país asiático promover um diálogo com o presidente da Rússia, Vladmir Putin, pelo fim da Guerra na Ucrânia. Em café da manhã com jornalistas, na última quinta-feira (6), Lula já havia abordado a questão. “Nós não concordamos com a invasão da Rússia à Ucrânia. Estou convencido que tanto a Ucrânia quanto a Rússia estão esperando que alguém de fora fale: vamos sentar para conversar”.

*Com informações EBC

 

 

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