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Opinião Terça-feira, 02 de Janeiro de 2024, 10:14 - A | A

Terça-feira, 02 de Janeiro de 2024, 10h:14 - A | A

JOÃO ELOY

Chapada dos Guimarães

O Paraíso das cachoeiras

João Eloy

A Chapada dos Guimarães é o paraíso das cachoeiras

Quanto mais vida ela poderia ter!
Quanto mais turistas poderia receber e, assim, arrecadar dividendos para o município!
Um acesso mais fácil às quedas d’água tão deslumbrantes, geraria, com certeza, emprego e renda. Observa-se que falta organizar, o resto a natureza cuida.

Todas as mais de trezentas cachoeiras são lindas, límpidas, de águas geladas e cristalinas e quem nelas se banha, sempre jura que voltará. É impossível resistir ao encanto e ao deslumbramento desses locais.
Aqui é um pedaço do céu que cai na serra, lugar paradisíaco, grimpas iluminadas, serras encantadas, um canto do paraíso esquecido nas alturas.

As cachoeiras são inúmeras, não se vence contar e ainda há várias a serem descobertas e nominadas.

Bendito é o sol que doura estas pedras.

Bendita é a água que banha estes morros.

Bendito o vento que esculpiu estes arenitos.

Bendito o Supremo Arquiteto que pintou estas telas terrestres, aqui bem no alto, distante, de belezas indescritíveis, em um clima tão benfazejo.

Aqui é o império da namorada da neblina.

Aqui a gente se convence que toda paz existente, vem lá do alto, pelas mãos do Criador.

Aqui a natureza tem o ar mais doce e puro, o sorriso mais sincero, ela não corta asas da imaginação, não destrói raízes culturais, não desmancha prazeres, não agride o ninho dos pássaros e tampouco desfaz as malas do apego.

Fugindo do caos da cidade grande com seu calor escaldante, ganha-se as estradas em busca de um refrigério e, para sair da rotina, nada melhor do que as maravilhas da serra acima.

Aqui se pode experimentar imensas sombras dos arenitos; podemos nos extasiar, ficando de joelhos sob as espumantes quedas d’água de caudalosas cachoeiras e assistir toda beleza cênica e gratuita dos abismos, recebendo o beijo dos ventos.

Os turistas, aos poucos enlevados pela beleza do panorama, se sentem presos a uma colorida peia de tintas. A variedade de opções que se descortina à frente de suas vistas, torna insuperáveis essas visões.

Aventureiros se camuflam e se escondem nas estranhas e profundas reentrâncias e nos labirintos em busca de trilhas e de surpresas.

Como se fosse um sorriso pétreo as escarpas com carne fresca, posam para fotografias. Penhascos flertam com as levezas.

Com o seu jeito de alimentar a imaginação de qualquer ser vivente, aqui observa-se raízes que envergam, mas não quebram, sustentando a alegria rural.

Porém, existem perigos nas alturas; tem Morro dos Ventos, tem morro atrás de morros, tem torres sobrepondo torres, castelos imaginários, Porta do Céu, Portão do Inferno, Espada do Tope de Fita, Serra da Russa povoada de pés-de-garrafa onde, periodicamente, aparecem UFOS e mulas sem cabeça.

Bem no fundo do precipício os rastros de onças pardas e pintadas se fazem presentes, além dos de antas. Também se verifica restos de cadáveres, carcaças de veículos que lá caíram, restos de roupas e objetos esquecidos pelos turistas que lá estiveram.

Lá no alto, bem no alto, a Cidade de Pedra nos observa. Aqui mais perto, figuras petrificadas lembram extraterrestres em fila, taças de pedras, figuras de dromedários e camelos deitados, sapo armando o pulo, um “Dez de Pedra”. Tudo edificado com a paciência dos ventos, retocado com a força das águas, requeimado pelo sol escaldante. É muita beleza cênica para se admirar.

Com a graça de Deus, a Chapada dos Guimarães, minha terra natal, sempre brilhará, enfeitiçando corações.

 

 

O Alô Chapada não se responsabiliza pelas opiniões emitidas neste espaço, que é de livre manifestação

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