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Variedades Quinta-feira, 19 de Setembro de 2024, 09:25 - A | A

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NEGÓCIOS

Dólar cai pela sexta vez com corte da taxa de juros nos EUA

Discurso mais duro do presidente do banco central americano, porém, diminuiu otimismo do mercado. Bolsa fechou em queda

Do Metrópoles

O dólar fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,46, nesta quarta-feira (18/9), puxado pelo corte de juros nos Estados Unidos. O anúncio da redução da taxa foi feito às 15 horas, em comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

A moeda americana, que registrou o sexto recuo seguido, chegou a cair 1,30%, a R$ 5,41, por volta das 15h30. Mas o otimismo do mercado diminuiu depois da entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, na qual ele comentou a decisão do BC americano.


Por que esta “superquarta” pode mudar a dinâmica da economia mundial
O Fed promoveu uma redução histórica dos juros, a primeira desde 2020, com um corte de 0,50 ponto percentual. Com isso, a taxa anual passou para um intervalo entre 4,75% e 5,00%. Antes disso, estava entre 5,25% e 5,50%.
“O mercado já esperava uma redução desse tamanho, mas a entrevista de Powell foi dura”, diz Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos. Em suma, o presidente do banco central americano disse que o corte foi de 0,50 ponto, mas tal magnitude não deve ser interpretada como uma tendência. Para Bertotti, essa ressalva atenuou a queda do dólar e manteve em alta os títulos da dívida dos EUA.

Efeitos benignos
Para Paula Zogbi, gerente de pesquisa da Nomad, acredita que a consolidação do resultado benigno da queda da taxa de juros, com uma redução mais acentuada do dólar e o aumento do fluxo de capitais para países emergentes – em especial para as Bolsas de Valores –, ainda depende de diversas variáveis. Ele exige, por exemplo, uma economia global saudável.

E o corte mais agressivo da taxa de juros nos EUA pode ter sido uma resposta à possibilidade de recessão naquele país, como já se especulou no início de agosto. Nesse caso, o Fed teria reduzido a taxa mais de forma mais por medo de uma queda brusca da economia do que por temor de uma alta da inflação.

“Sinais de recessão tendem a ser negativos para investimentos de perfil mais volátil, como companhias em fase de crescimento, por exemplo”, diz Paula. “Além disso, o mercado segue monitorando o noticiário relacionado a outros temas, como as eleições americanas, por exemplo, que podem adicionar incertezas ao cenário.”

Bolsa em baixa
A Bolsa brasileira (B3) fechou em queda de 0,90%, aos 133.747 pontos nesta quarta. O Ibovespa, o principal índice da B3, chegou a esboçar uma reação positiva após o anúncio do corte de juros nos EUA, mas voltou a cair na sequência.

A B3 foi puxada para baixo pelo desempenho negativo de ações de grande peso no Ibovespa. A Petrobras registrou queda de 1,90%, cotada a R$ 39,82, e a Vale recuou 1,17%, a R$ 57,54.

 

 

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