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APAIXONADO E 'QUEBRADO'

5 coisas que você (provavelmente) não sabia sobre Fernando Pessoa

Do Estadão

 

Fernando Pessoa (1888 - 1935) completaria 137 anos nesta sexta-feira, 13. O poeta português - no entanto - viveu apenas 47, mas deixou um vasto legado, inclusive com seus heterônimos como Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
Para além de sua obra reconhecida mundialmente, Fernando Pessoa foi um homem “comum” para a sua época. Sofreu com a falta de dinheiro, com a distância física e emocional da mãe e também com a namorada, com quem trocou muitas cartas de amor, mas nunca chegou a se casar.

 

Veja a seguir 5 coisas que você provavelmente ainda não sabia sobre a vida do geminiano Fernando Pessoa:

Ele nunca se casou nem teve filhos

Embora tenha sido um homem com uma vida sentimental complexa e rica em intensidade emocional, Fernando Pessoa nunca se casou nem teve filhos.

Em vez de se casar, ele dedicou a sua vida à escrita, à filosofia e à exploração das suas próprias identidades através dos seus heterônimos.

Sua namorada mais conhecida foi Ofélia Queiroz (1900-1991), com quem se relacionou em dois momentos diferentes: entre 1919 e 1920 e depois entre 1929 e 1930.
‘Nininho’: ele usava apelidinhos românticos
Na nova edição do livro Cartas de Amor (Tinta-da-China Brasil), que traz as correspondências entre o escritor português e suas namoradas, o pesquisador Jerónimo Pizarro, responsável pela organização, edição e apresentação do livro, revela uma faceta mais humana e “ridícula” de Pessoa.

As cartas revelam o poeta trocando apelidos carinhosos, como “bebezinho” e “Nininho”, e “beijinhos” com Ofélia, como se ainda fosse um adolescente, embora tivesse mais de 30 anos quando se conheceram.

 

Ele teve um amor proibido no fim da vida
O livro também mostra que em seus últimos anos de vida, Fernando Pessoa se apaixonou por Madge Anderson, uma advogada inglesa “loira e misteriosa” que a família dele considerava “uma louca”.

Madge era irmã de Eileen Anderson, cunhada de Fernando Pessoa casada com João Maria Nogueira Rosa, meio-irmão do poeta, que vivia em Londres.

Nos manuscritos deixados pelo poeta, o nome e o endereço londrino de Madge Anderson surgem várias vezes em um caderno datado de 1935, mesmo ano da morte dele.
Ele ficou 15 anos sem ver a mãe
Em entrevista ao Estadão em abril, no lançamento da edição brasileira de Cartas de Amor, o organizador Jerónimo Pizarro - que também é um dos maiores estudiosos sobre Fernando Pessoa - reflete sobre a complicada relação entre mãe e filho que o poeta português enfrentou.

 

“Naquele período, como empregado de escritório, Pessoa está muito pressionado pelo regresso da mãe, que durante 15 anos não esteve com o filho. É muito surpreendente que ele fique quase obrigado a procurar casa, a ter que procurar estabilidade, a ter que ser um filho mais pródigo. O encontro com Ofélia coincide com o regresso da mãe e isso obriga a um certo desencontro amoroso.”

Ele era ‘quebrado’
Pizarro ainda fala sobre a condição financeira do poeta em Lisboa, que não era muito favorável. “Apesar de ganhar alguns trocados nos jornais ingleses, com o seu conhecimento da língua inglesa, Pessoa falhou completamente nos negócios de minas, nas tentativas de fazer empresas inglesas terem uma participação econômica em Portugal, de estar mais perto do governo português, pelo menos na área das minas.”

O estudioso ainda conta que Fernando Pessoa teve que pedir dinheiro emprestado e que, sem a ida da mãe para Lisboa, não teria conseguido comprar um apartamento na sua vida. Em certos momentos, ele não tinha nem o necessário para viver.

“Quer dizer, estamos numa época quase pré-bancária em termos de Pessoa. Eu acho que o Pessoa nunca teve conta em um banco. Não tinha poupanças ou algum tipo de rendimento constante.”

 

 

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