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Geral Terça-feira, 29 de Outubro de 2024, 10:30 - A | A

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SEGURANÇA

Corpo de Bombeiros Militar remove para-raios com isótopo radioativo em Jaciara

Esses para-raios contêm pequenas quantidades de substâncias radioativas e são risco à saúde

Da assessoria
Da Redação


O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) realizou, neste domingo (27), a remoção de um para-raios de captação com isótopo radioativo, que havia caído sobre a fiação pública no município de Jaciara (a 143,6 km de Cuiabá), em decorrência dos fortes ventos.

A operação foi conduzida por equipes da 9ª Companhia Independente Bombeiro Militar (9ª CIBM) e do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), devido ao risco associado ao isótopo radioativo presente no dispositivo. Esses para-raios, conhecidos como radioativos ou ionizantes, contêm pequenas quantidades de substâncias radioativas, como o amerício-241.

Embora a radioatividade presente seja baixa, pode ocorrer contaminação caso o dispositivo seja danificado ou não seja descartado corretamente. Por essa razão, os procedimentos adotados pelos bombeiros militares seguiram rigorosamente as orientações da Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Durante a operação, foram utilizados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para evitar qualquer contato direto ou indireto com o isótopo de amerício (Am-241), além de ferramentas hidráulicas para a remoção do equipamento e um caminhão-cesto para facilitar o processo.

Todo o material foi acondicionado em tambores devidamente selados e identificados conforme as orientações do CNEN, para posterior envio a um local apropriado para armazenamento de resíduos radiológicos. Essa ação rápida e coordenada dos bombeiros militares foi essencial para garantir a segurança e evitar possíveis danos ao meio ambiente.

Proibição

Esse tipo de para-raios foi amplamente descontinuado e proibido no Brasil por questões de segurança e ambientais. Desde 1989, o CNEN, por meio da Resolução nº 4/89, suspendeu a autorização para a fabricação e instalação desse tipo de dispositivo.

A decisão foi baseada em estudos que demonstraram que o desempenho dos para-raios radioativos não era superior ao dos convencionais na proteção de edificações, tornando o uso de fontes radioativas injustificável.

 

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